sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Antologia Virtual de Natal 2014 - Portal CEN - "Cá Estamos Nós".









ANTOLOGIA VIRTUAL DE NATAL CEN 2014

XIV  EDIÇÃO – ESPECIAL DE NATAL

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!
São os sinceros votos do Portal CEN – “Cá Estamos Nós” aos nossos autores, colaboradores e leitores. Carlos Leite Ribeiro Presidente do Portal CEN e seus Assessores.

Autores e Colaboradores CEN

Antologia Virtual CEN organizada por
Maria Beatriz Silva (Flor de Esperança)
 Assessora do Intercâmbio Cultural CEN 
 Brasil/Portugal

Apoio: Centro Cultural Maria Beatriz - Laje do Muriaé (RJ) - Brasil
Termina mais uma etapa, cumprindo com mais um ano do nosso compromisso com os ilustres autores e colaboradores do CEN, realidade, respeito, dedicação e amizade. Concluímos na XIV edição da Antologia Virtual realizada pelo Portal CEN – “Cá Estamos Nós” e a XII Edição da Antologia Virtual, organizada pela poetisa Maria Beatriz, sendo essa edição com apoio do Centro Cultural Maria Beatriz em Laje do Muriaé (RJ) Brasil.

Com grande orgulho apresentamos aos inúmeros leitores desse majestoso Portal a grandiosa Coletânea Virtual CEN de Natal composta por cento e quatro renomados autores. Uma produção literária de grandes talentos.

Nessa Edição Muito nos honra a participação especial dos trovadores de Bragança Paulista (SP) Brasil que completam com brilhantismo essa edição bordada em magníficas trovas para o intercâmbio Cultural Brasil Portugal, esperamos que através deles muitos outros trovadores, possam ousar atravessar o oceano espalhando suas trovas. Sejam Bem vindos!

Convidamos a você leitor apreciar o nosso trabalho. Conheça um pouco mais de cada autor que compõe a Coletânea Virtual, acessando no final de cada texto o link da sua página de Autor no CEN. 

Parabéns poetas, Escritores e Trovadores, que através de suas palavras em prosas, versos e trovas difundem pelo mundo o perfume do amor! Feliz Natal! Próspero Ano Novo!Feliz caminhar!

Agradecimento:
Agradecemos todos que colaboraram para mais esse projeto de “divulgação internacional e direta”.

                     Sigo a luz do amor! Você vem comigo?

FELIZ CAMINHAR!


No fracasso adquira experiência

Nos obstáculos não abandone a fé
Não deixe que o sucesso te faça egoísta

Faça da humildade e o perdão

Sua constante oração
Libere o amor em seu coração

Para que todos os dias da sua vida
Seja sempre NATAL.

NATAL é Jesus Presente no nosso coração.
Maria Beatriz Silva (Flor de Esperança)           

Luz e Amor no seu caminhar!
 
CARLOS LEITE RIBEIRO
Presidente do Portal CEN – “Cá Estamos Nós”
Marinha Grande – Portugal

A PRENDA DE NATAL

Não posso deixar de sorrir quando penso neste episódio, real, da minha vida.
Era ainda uma criança, o Natal aproximava-se e com ele a euforia desta quadra. Nessa época, os papás avisavam as crianças que deviam ser boazinhas, para que o Pai Natal de trouxe-se uma prendinha na Noite da Consoada.

Estávamos no final da 2ª Grande Guerra, e os meus pais, à semelhança de outros, também me começaram a avisar que eu devia de ser “mais bonzinho” do que até aí tinha sido, porque senão o Pai Natal me castigaria. Claro que eu prometia a pés juntos que ia me tornar um menino mais bonzinho, que não voltava a salpicar o meu irmão com água, alegadamente para ele crescer mais rápido, para poder brincar comigo.

A minha avó paterna ria a ouvir estas recomendações, e entredentes murmurava: “estão a atiçar o diabinho…”

Nessa altura já sabia que não era o Pai Natal que descia pelas chaminés para pôr as prendas nos sapatinhos dos meninos. Para não contrariar os papás, fingia que acreditava.

Depois da Ceia de Natal, em que não faltou o bom e verdadeiro bacalhau (não o “escamudo” que hoje para aí vendem), fomos deitar com a convicção que o Pai Natal ia descer essa noite pela chaminé abaixo para nos deixar umas prendinhas nos nossos sapatos que, quase religiosamente, os fomos colocar na chaminé.

Fingia que estava a dormir quando os papás se levantaram e se dirigiram para a cozinha para distribuírem as prendas. A curiosidade de saber o que me tinha calhado, era enorme. Depois dos meus pais voltarem para a cama, deixem passar algum tempo até eles adormecerem. Levantei-me então e, cautelosamente, dirigi-me à chaminé da cozinha, onde já estavam depositadas a prendas. 

A luz era de duas velas que ficavam toda a noite a arder. Era fraca, mas dava para eu ver o que queria. Dos meus padrinhos, tinha o “Dicionário Complementar” de Augusto Moreno, e a “Tomada de Lisboa aos Mouros” de Leite Vasconcelos (livros que guardo ainda hoje e religiosamente; dos papás “Um Conto de Natal” de Charles Dickens (também guardado), e vários lápis, borrachas de apagar, aparos, tinteiros e uma bolsa nova para a escola.

Imaginem, nem um docinho!

Para o meu “irmãozinho”, como os padrinhos eram proprietários de uma conhecida confeitaria, ofereceram alguns pacotes de bolachas, dropes (no Brasil balas), chocolates em tabletes, etc.

Fiquei furioso por nem sequer ter um docinho. “Isto não se faz ao Carlitos! – Pensei eu. 

Durante alguns momentos, fiquei sei saber o que poderia fazer para remediar aquela “anomalia”. Mas a inspiração veio rápida. Dividi as bolachas, os dropes e os chocolates, e transferi metade para o meu sapatinho. E transferi para o sapatinho de meu irmão, os lápis, as borrachas, os aparos e até uma régua e um esquadro de madeira.

Com o “serviço” concluído, regressei à cama onde adormeci profundamente.
Logo pela manhã, minha mãe trazendo meu irmão ao colo, acordou-me para irmos ver se o Pai Natal nos tinha trazido alguma prenda…

Quando chegamos junto da chaminé, bem… Minha mãe exclamou um enorme “hanhan”. Entretanto, meu Pai também tinha chegado à cozinha e ao ver aquele “trabalho” ficou de boca aberta – e o caso não era para menos!

- Quem se atreveu a fazer estas mudanças? – Perguntou ele virando-se para mim.

Com a cara de “mais inocente” que na altura pude armar, balbuciei: - “Não sei o que se estão a referir, mas, se houve alguma “mudança”, devia ter sido o Pai Natal, que foi o único que desceu pela chaminé abaixo …”.

Embora bastante zangados, “escangalham-se” a ri, juntamente com minha avó, que entretanto tinha entrado na cozinha.

Eu estava bastante “encavado” (com medo). 

- Carlitos, vai já para a cama – gritou-me minha mãe, que continuou – este ano, não tens nenhuma prenda!

E só recebi as minhas prendas uma semana depois – e também bolachas, dropes e chocolates.

No ano seguinte, depois da Ceia, meu Pai levantou-se da mesa para nos dizer: “Este ano, o Pai Natal, entregou-me pessoalmente, as vossas prendas. Isto para evitar as “confusões” do ano passado…

E a partir desse ano, nunca mais houve sapatinhos na chaminé nem Pai Natal a descer pela chaminé abaixo…

Original de Carlos Leite Ribeiro – Marinha Grande – Portugal


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A Todos Um Bom Natal

Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós

No Natal pela manhã
Ouvem-se os sinos tocar
E há uma grande alegria, no ar

Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós

Nesta manhã de Natal
Há em todos os países
Muitos milhões de meninos, felizes

Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós

Vão aos saltos pela casa
Descalças ou com chinelos
Procurar suas prendas, tão belas

Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós

Depois há danças de roda
As crianças dão as mãos
No Natal todos se sentem irmãos

Refrão
A todos um Bom Natal
A todos um Bom Natal
Que seja um Bom Natal, para todos vós
Que seja um Bom Natal, para todos vós

Se isto fosse verdade
Para todos os Meninos
Era bom ouvir os sinos tocar.

Refrão
 A todos um Bom Natal
 A todos um Bom Natal
 Que seja um Bom Natal, para todos vós
 Que seja um Bom Natal, para todos vós

(Letra de Lúcia Carvalho)


AGAMENON ALMEIDA

NATAL

 Se o menino Jesus de novo voltasse
Debaixo da ponte ele nasceria
Sem reis, sem ouro, incenso ou mirra
Porque ninguém hoje o reconheceria

Se uma estrela cadente cortasse o céu
E até mesmo parasse num canto qualquer
Bem pouca gente por certo a veria
Porque as teorias estão matando a fé

E nas ruas desertas em suposta paz
Gente sem pão, perdidos, desnudos
Filhos sem mães, pais desvalidos
Procuram sentido para tanto absurdo

E aquele menino na sua manjedoura
Envolto em tristeza por certo choraria
Vendo tanta gente querendo comprar
Esperança e a paz nas mercadorias

Entre tantos presentes e muitos abraços
Se bebe e se come quase em delírio
Enquanto o menino, o dono da festa
Só enfeita o presépio num canto esquecido

É preciso que o amor de novo floresça
Que não se esqueça do poder da oração
Só a fraterna mensagem de esperança e paz
Se transforma em Natal dentro do coração.
 

AGUINALDO SABINO ALVES
Anápolis - Brasil
 
A NOITE MAIS ENCANTADA.

...Salve a noite mais encantada!
Salve a noite de natal, feito um
mar de esperança,  onde é
Possível navegar;

Tudo aquilo que é puro.
Tudo aquilo que é ingênuo.
Tudo aquilo que é sincero,
a Lira que encanta um doce
natal de mistério.

Salve a noite encantada!
Salve a noite de natal...

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LUZES DE NATAL.

Quando ascender as luzes
Dessas árvores festivas de
Natal, então que ela não
Nos Seja:
Volúveis e passageiras.
Que nos sejam belas e
Verdadeiras...

Quando tocar os sinos
Na noite que vai parir
Um céu aberto de
Sentimentos divinos.

Quero lá estar, Pronto
A ouvir com o coração
Puro feito o de um
Menino.
Leve.
Brando.
Simples.
Belo... 

Aguinaldo Sabino Alves

ANDRÉ ANLUB®

Outro dia flagrei-me lembrando de certa véspera de Natal, lá pelos idos de 1992, quando encontrei nas areias finas da praia de Grumari, um grande amigo de infância; foi realmente uma enorme coincidência, já que estou falando de uma praia que se encontra numa reserva ambiental, que conta com a presença de poucos “points” e que é brindada com ondas em quase toda sua extensão (2,5 km).

O encontro:

Estava na praia num dia ensolarado, dando minha corrida pela areia e esquecendo-me da advertência do médico a respeito do meu joelho bichado... Advertência esta que eu não deveria correr nem pela areia mais dura, perto do mar, muito menos pela areia fofa...

De repente vi aquela prancha fincada na areia, ao lado de uma cadeira vazia e um guarda sol com estampa de cerveja. Reconheci a prancha e já voltei meus olhos ao mar. Lá estava o “brother”, surfando de jacaré, bem ao estilo de nossa meninice...

Sentei-me na cadeira, meu joelho “sorriu”, olhei novamente para o mar e assobiei... trocamos acenos e me ofereci à poesia.

Ele, morador do Bairro Peixoto em Copacabana, era meu vizinho de bairro, andávamos na mesma turma e dividíamos as mesmas praias e namoradas... Ele, que sempre após a ceia na casa dele passava na minha para comer mais um pouco e beber mais um vinho, já avisou que naquele ano não seria diferente, deixando-me extremamente feliz.

Nesse dia/nessa cena congelada na hora, e agora se congela na memória, começou meu mergulho no mundo poético, uma de minhas razões de viver.
Um poema nasceu, amadureceu e se concretizou anos depois; o poema melhor lapidado e com respingos dos Natais que passamos juntos, dos sorrisos que dividimos e das opiniões e namoradas que trocamos...

Um poema de saudade, de falta e da sensação que deveria ter ficado mais datas ao seu lado... grande amigo.

O poema:

Acordei com uma lágrima;
No sonho bem claro o rosto,
De pronto sorriso me olhava;
Amigo de praias e farras
Que o vento levou sem aviso;
Deixando a doce lembrança,
Momentos que não amarelam,
E regam o verde singelo
Desse jardim da saudade.

ADÉLIA EINSFELDT
Porto Alegre (RS)

HISTÓRIA DE NATAL

         Órfãs de pai, aos cinco anos de idade eu e minha irmã, três anos mais velha, fomos colocadas em um orfanato por minha mãe, por precisar trabalhar e não ter onde nos deixar. Naquela época não havia creches.

         Quando eu estava com oito anos, um casal que cuidava de todas as meninas no orfanato, resolveu confeccionar caixinhas de madeira de lei para costura, incrustadas com paisagens. Elas seriam rifadas ou vendidas para moradores próximos e o dinheiro revertido para a compra de brinquedos e roupas para o Natal daquele ano.

         Eu, minha irmã e mais duas meninas fomos escolhidas para ajudar na confecção das caixinhas.

        Lixávamos com lixa bem fina e com muito cuidado para que ficassem bem lisinhas. Enquanto eu ia lixando, pensava: como seria bom se eu pudesse ganhar uma daquelas caixinhas, como eram lindas!

         Mas isto não aconteceria, já que seriam para rifar ou vender.

        Na noite de Natal, foi armado um grande pinheiro natural, de galhos bem verdinhos e pendurados alguns enfeites feitos por nós mesmas.

         Quando chamaram meu o meu nome e entregaram o presente de Natal, eu não conseguia conter a alegria, porque estava ganhando uma daquelas caixinhas que eu tanto desejara e ajudara a fazer. Meu contentamento foi imenso, não conseguia acreditar, entretanto, estava ali em minhas mãos: sentia o aroma da madeira nova, a textura da paisagem no desenho gravada.

         Guardo até hoje minha caixinha; em todas as mudanças que fiz, até mesmo mudando de cidade e país; alguma coisa poderia ficar para trás, mas minha caixinha, não!

          Durante muitos anos usei como caixa de costura, linhas, agulhas, alfinetes, botões, tudo que precisava para um conserto, uma bainha ou remendo em roupas da família. Hoje ela ocupa um lugar especial na cômoda do meu quarto onde guardo pequenas lembranças; e já se passaram mais de 70 anos.


ANGELA TOGEIRO
 Belo Horizonte (MG) – Brasil

CIDADE NATAL©
Luzes e mais luzes colorem a cidade,
clareiam corações,
esperançam sonhos.

Natal!
A vinda se faz em silêncio.
No presépio, a manjedoura
mostra Deus Menino,
braços abertos, humildes,
depositário das almas humanas.

Na chegada abraçará nossos anseios,
e cheios desta certeza
começaremos novo caminhar.

As luzes da cidade se apagarão
por que dentro de cada um de nós
a Centelha Divina reavivou.

A cidade terá agora o nosso brilho,
o brilho do Senhor,
Do que veio vestido de Paz. 

¨¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨¨  
A ÁRVORE DE NATAL©

          Passamos o mês de novembro preparando os enfeites de Natal. Fizemos o presépio. A gruta era de pó de minério colado num saco de linhagem, com grude feito de farinha, enfeitada com musgo que catamos nas pedras e árvores que rodeavam nossa casa. As figuras faltantes do presépio eram feitas de argila, secas ao sol e vestidas com roupas feitas pela mamãe, de retalhos lisos e coloridos. Eram lindas.

          A árvore, uma bela galhada de alguma árvore, era enfeitada com algodão branco, para imitar uma coisa chamada neve, que nunca compreendêramos bem, mas nosso avô contava que eram bolinhas de nuvens geladas que caíam do céu lá da Espanha, na terra do pai dele. Nunca entendemos, talvez porque nessa época não conhecíamos nem geladeira. Nem poderíamos, pois na pequenina cidade onde morávamos nem fornecimento de energia elétrica regular tinha. De vez em quando havia luz. Era uma maravilha.

          Mamãe guardava as bolas numa caixa enorme, embrulhadas uma a uma em tecido, e colocada em cima do guarda-roupa do seu quarto, longe do nosso alcance. A descida da caixa era a glória. Ficávamos maravilhados ante a expectativa de ver e tocar aquelas maravilhas proibidas ano inteiro. As bolas eram de vidro, fininhas, que quebraram a qualquer esbarrão. Coloridas. Tinham formas diversas desde as redondas até aquelas em forma de sinos, pingentes, velas, e algumas tinham um presépio no meio. Lindas! Depois da árvore arrumada, mamãe colocava-a num canto da sala, e cada um colocava uma bola. Ela colocava as outras. − Estas bolas vieram lá do Rio de Janeiro! – contava mamãe. E a gente se sentava para admirar, sem tocar. Corríamos dela ao presépio, que podíamos tocar. E sonhávamos dia a dia com o Dia do Natal através das histórias que ela nos contava.

          Todos nós, à época cinco irmãos, vivíamos a ventura do Natal, dando-lhe vida, como se Jesus não nos fosse o Salvador, mas mais um irmão que chegaria.
Alguns dias antes do Natal, num domingo, saímos para passar o dia fora, fomos a um piquenique numa cachoeira. Quando voltamos foi uma tristeza só. Joli, o nosso cachorro, ficara dentro de casa e, sem ter o que fazer, resolveu destruir nossa árvore. Não sobrou uma bola sequer. Choramos muito. Pusemos – em vão – Joli de castigo. Mamãe colocou a árvore de pé, e nós começamos a reviver as bolas onde estavam. A que eu coloquei foi um sino amarelo e eu o via ali perfeito e... a soar. E assim íamos contando das bolas. Fomos deitar tristes, quase confortados com nossas invenções, pois largamos a árvore e fomos nos divertir recontando do presépio.

          No outro dia, quando levantamos, tivemos uma surpresa - mamãe enfeitara a árvore com bombons e biscoitos embrulhados em tule.

          Passamos a semana vigiando gulosamente a Árvore até o Dia de Natal quando mamãe distribuiu os “enfeites” ansiados por nós. Eles se tornaram mais desejados que os presentes que pedimos ao Papai Noel.

          Ano seguinte, papai viajou até a capital para “entregar” as cartas ao Papai Noel e voltou com bolas novinhas para nossa árvore.

          Desta árvore e das subsequentes nem me lembro, somente daquela Árvore verde e branca com pingentes deliciosos.

         Em tempo: Todos os cachorros que tivemos se chamaram Joli...

Angela Togeiro




ANGELICA VILLELA SANTOS

COROA DE TROVAS

É Natal! Já toca o sino,
surgem luzes multicores,
saudemos o Deus-Menino
com hinos, preces e flores.

É Natal! Com devoção
devemos comemorar.
Vamos abraçar o irmão
e as ofensas perdoar.

É Natal! Tempo de paz,
de amor e felicidade,
que cada voto nos traz
quer no campo ou na cidade.

É Natal! Quanta beleza
há na Terra em toda  parte!
Enfeita-se a Natureza,
superando qualquer Arte!

É Natal!  José, Maria
e junto a eles Jesus.
Natal é o mais lindo dia
que à salvação nos conduz.

É Natal! Ao bom Messias
peçamos em oração
pra tê-Lo todos os dias
junto ao nosso coração!

Boas Festas desejamos
a todos, com muito amor
e nos confraternizamos
em Jesus, o Salvador!

¨¨¨¨¨ ¨¨¨¨¨¨ ¨¨¨¨¨

 SONHO DE NATAL

Quando o Natal chegar, coroas vou tecer,
mil luzes acender e versos escrever;
vou muito agradecer e Cristo homenagear,
coroas vou tecer, quando o Natal chegar.

Quando o Natal chegar, quero trazer a mim
muita gente faminta e à fome pôr um fim;
crianças sem um teto, quero agasalhar,
quero trazer a mim, quando o Natal chegar.

Quando o Natal chegar, mil casas vou fazer
para abrigar os pobres que vou recolher;
sentir em cada rosto a alegria voltar,
mil casas vou fazer, quando o Natal chegar.

Quando o Natal chegar, eu quero repartir
a terra aos camponeses para produzir
o que eles tem direito de ter, de amealhar,
eu quero repartir, quando o Natal chegar.

Quando o Natal chegar, ao índio vou trazer
o respeito, a justiça, direito a viver,
saúde e muita paz, segurança em seu lar,
ao índio vou trazer, quando o Natal chegar.

Quando o Natal chegar, vou acender a Luz
da Fé esmaecida e iluminar Jesus
para que o mundo creia e faça a paz reinar,
vou acender a Luz, quando o Natal chegar.

Angelica Villela Santos- Cadeira 40 da Academia Taubateana de Letras e Cadeira 40 da Academia Valeparaibana de Letras e Artes, de Taubaté-SP. Membro da União Brasileira de Trovadores- Seção de Taubaté-SP.

ANTONIO MANOEL ABREU SARDENBERG
São Fidélis(RJ) – Brasil


NATAL I

Meu coração está triste
Mas minh’ alma está contente;
Isto são coisas que a vida
Apronta na vida da gente.

Tudo de bom Deus me deu,
Tesouro que guardo no peito.
Como reclamar da vida?
Não tenho este direito!

Se Meu Natal hoje é triste,
Se lhe falta brilho e cor,
É porque em minha alma,
Brotam lembranças de amor.

E, por isso, Bom Jesus,
Eu lhe faço este pedido:
Não me entenda exigente
Nem muito menos ousado;
Me dê no Natal de Presente
Os meus Natais do Passado!

Todos os direitos reservados ao autor
 
ANTONIO MIGUEL CESTARI
Bragança Paulista - Brasil

Numa velha manjedoura
na cidade de Belém,
para vida imorredoura
nasce Jesus, nosso bem.

Homens de toda nação
atentos ao festival
que busca transformação
para a Terra no Natal.

Foi naquela estrebaria
misto de alegria e dor
que uma criança nascia
para ser o Redentor.

 
                   

AMILTON MACIEL MONTEIRO
São José dos Campos (SP) – Brasil.

ADVENTO

Rapidamente a vida se transforma...
E é certo que ficamos mais felizes...
Meu proceder melhora a sua norma...
E a Natureza enfeita os seus matizes...

As aves cantam mais... E há mais reforma
em todos os jardins nos quais tu pises...
A caridade nunca se conforma
ver pobres... E os socorrem nas marquises!

- O que se passa? Quer saber alguém
que nunca ouviu falar em vida além
e é cego ainda sobre o Bom Jesus...

Então, lhe digo cheio de confiança
que o mundo se prepara! É que a Criança
Divina vai chegar, trazendo Luz!

FELIZ NATAL, prezadas irmãs e irmãos em Cristo!

  

ANTONIO PAIVA RODRIGUES

UMA LINDA FESTA DE NATAL

No calvário, martírio e sofrimento, na vida dores e lamento. Na canga jugo e opressão. Na árdua luta do dia a dia equivocadas alegrias. Convivemos com indolências e autoridades iníquas. Como iremos partilhar mesas fartas, enquanto existir no mundo crianças famintas. Como vamos partilhar o peru se crianças morrem de fome e ficam as espreitas dos urubus. O tribunal dos antigos condenam os novos e os novos tribunais condenam os mais antigos. A ociosidade do brasileiro se transforma em fome e miséria e esses vieses, em violência. Como comemorar um natal com esperança e um ano melhor, se os políticos desonestos, através da justiça injusta, conseguem manobrar o errado e transformá-lo em correto.

Que pegureiro consegue criar suas ovelhas em paz e seja um pastor de ovelhas lucilentes. Ovelhas amestradas que só tragam felicidades a gente. A improdutividade, a preguiça mental, e as corrupções são chagas dolorosas que impulsionam atos e fatos deletérios ao ser humano. Não sejamos estéreis e sim produtivos. Devemos antever prever ou prognosticar atos feéricos que engrandeçam nossos corações. Se o menino Jesus veio ao orbe terrestre na mais pura pobreza, porque as religiões primam em arrecadar bilhões em vil metal.
 Isso é absurdo ou natural? Devemos praticar o bem e exterminar o mal de nossas vidas.

Na festa de natal o mundo se colore, mas a vida dos mais fracos, oprimidos e estropiados se opaca. É uma desgraça que ninguém consegue resolver. É o homem explorando o mundo, fazendo tudo ao contrário de como Jesus nos ensinou. A charrua do mal caminha e destrói as esperanças das crianças brasilianas. O que fazer? Não sabemos, mas os homens de boa vontade saberão.

Devemos neste natal conhecer o íntimo do nosso personalismo. Reiteradas vezes usamos a proposição hercúlea de ver a alegria estampada no rosto das crianças abandonadas.

Pensamos em Papai Noel, mas ele já não é papai virou padrasto, visto que algumas crianças ganham presentes e a maioria fica só na esperança. Vamos nos espelhar, nos retratar e tomar como modelo qual herói brasileiro? Já que estamos carentes de líderes vamos reavaliar, reapreciar e reanalisar os atos insanos de nossas vidas. O desculpismo exagerado nos adoece e nos faz sofrer.

Natal não é data de tristeza e sim de alegrias. Já que o natal de Jesus te emociona, elevando-te o psiquismo aos ideais reformistas de si mesmo, no transpores, com o coração cheio de renovadas esperanças, o pórtico feérico do Ano Novo, aproveita o ensejo para reflexionar se cumpriste, no quando e no tanto que te foi possível, o programa redentor que elaboraste para esta etapa vivencial.

Como se desenvolve sua etapa vivencial? Tens praticado o bem sem olhar a quem? Esperamos que sim. Como dizia o irmão Reynaldo o bem eleva o homem, o mal deteriora o espírito. Vamos meditar neste natal e amealhar todas as energias positivas e doá-las as pessoas carentes. Jesus, querido irmão, que o homem passe a respeitar seu semelhante, que ame mais a vida e mantenha o amor no coração. Enquanto a criança na sua intensa energia, propícia à felicidade, nós rejeitamos e agimos pelo instinto e pelo mal. Querido Jesus protege-nos, coloca-nos no palmilhar do bem e que possamos ver o semelhante como irmão. Devemos fazer uma criança sorrir nessa magna data. Faça sempre como nos ensinou o Salvador: "Deixai vir a mim as criancinhas, pois elas herdarão o Reino dos Céus". Infelizmente nossas crianças estão expostas as pragas da rua e se não tomarmos providências urgentes, elas serão nossos algozes no futuro.

"Conserva a simplicidade, observa onde te põe, a ambição domina os homens em todas as direções". O dia em que comemoramos o natal as comemorações representam para o mundo cristão, muita fé e esperanças. O espírito natalino transborda nos corações humanos, formarão lindas e grandiosas psicosferas de esperanças, parecendo imensas nuvens a resplandecerem nos Céus de amor, fraternidade e caridade. Feliz coração que almeja alegria e felicidade e, que elas sejam imantadas pelos descrentes, materialistas, agnósticos, para que seu ego, superego e id possam absorver a crença no Mestre Jesus, que nesta data magna comemoramos o seu nascimento.

As Ruas, Avenidas, Lojas, Praças e Logradouros se engalanam num brilho esplendoroso, esperando o dia em que o menino abençoado aportou o orbe terrestre. Não existem magias, no entanto, muitas alegrias e contentamentos encherão os corações de todos, crianças, homens, mulheres; idosos (as) e serão levados ao engalanamento divinal, iniludível, visto que o amor engrandecerá este lindo e exitoso dia. Menino Jesus nós estamos carentes de paz e harmonia, de amor e compreensão, no íntimo de cada um os gametas do sentimento de pureza nos tornam mais indefectível. A comemoração é indispensável, pois o nosso Salvador é o nosso porto seguro, a nossa esperança de dias mais felizes e de menos sofrimentos.

Nele depositamos todas as nossas esperanças, a aquarela de todas as emoções num só bondoso ato de companheirismo, fazendo com que os fluidos divinais sejam liberados através das bênçãos da confraternização espiritualizada.

Confraternizar é se unir como irmãos, conviver ou tratar como irmãos, ter os sentimentos, crenças e ideias abençoadas pelo Pai Maior, em contraponto, nós almejamos que a vinda do senhor possa nos libertar das amarras da inveja, do orgulho, do egoísmo e nos inserirmos no teatro da vida, com mais altivez, amando o próximo como Ele mesmo nos ensinou: ”Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a te mesmo”.

Toda felicidade esperada está ao nosso alcance, todo amor ínclito está no íntimo de nossos corações, a festa natalina retrata com todas as letras a importância da superação das adversidades. Precisamos de força interior para seguir adiante na escalada da vida de multifárias permutas, que não haja malogro, nem malversação dos nossos sentimentos, tudo para nós é meritório sem oblívio, que não haja paradoxos e que o pélago esteja afastado de todos sem exceção. A materialidade bem usada pode ser benfazeja, mas o mau uso nos conduzirá ao materialismo exacerbado, que dominará a mente dos homens insensatos. Que tenhamos um natal feliz, de paz, de prosperidade, de amor, onde o vetor principal seja o próximo, nossos queridos irmãos. Que Deus seja louvado!


BENEVIDES GARCIA

PEQUENO ENSAIO PARA UM POEMA DE NATAL

...preciso urgentemente
escrever um poema de Natal...
Que tenha berço,
Que tenha brilho,
Que tenha estrela...
Não posso esquecer da alegria que há na festa
Reunião-de-amigos-parentes-família,
Num encontro com todos
Encontro comigo...
Um poema-menino que mostra
que o Natal não é só para fazer de conta
que a humanidade é feliz...
Um poema de presentes
Mas que, simplesmente,
esteja presente
no coração das pessoas
aquela Luz que veio
naquela silenciosa noite de amor...
Um poema que fala
da beleza de céu
no chão de uma estrebaria...
Enfim, um poema de paz!

Benevides Garcia Barbosa Júnior, natural da poética Sant’Anna dos Olhos D’Água, atual Ipuã, Estado de São Paulo, professor, poeta e escritor. Membro do Liceo Poético de Benidorm, Alicante - Espanha, do CEV – Clube dos Escritores de Vinhedo e da AMLAC – Academia Metropolitana de Letras, Artes e Ciências. Reside em Maringá (PR).

 
CIDA MOREIRA
Bragança Paulista - Brasil

A manjedoura...  o pastor...
O presépio é poesia.
Deus escreveu com amor
e renova neste dia.

Tão bela e meiga Maria
com seu mistério profundo:
leva consigo a alegria,
o salvador deste mundo!

Eis que o Natal se aproxima,
renove seus sentimentos;
dê aquela volta por cima,
distribua cumprimentos!

Pobre ou rico, não importa,
ninguém esquece jamais,
os instantes de magia,
o encanto dos Natais!

Olho o céu, escuto o sino,
imagino muito bem:
Maria afaga o menino
naquela gruta em Belém...

Tomara que a estrela-guia,
que tanta esperança encerra,
sempre a partir deste dia
brilhe para a nossa Terra.

Feliz Natal! que se diz
sem refletir no sentido,
pois nesse dia feliz,
o Cristo havia nascido!

CLÁUDIO PRÍNCIPE DOS POETAS

Tempo de reflexão, e comunhão,
nosso coração , parece se adocicar .
Um menino, que nasce, sob o signo da salvação,
quantas e tantas, lições a nos ensinar.
Na simplicidade, fez se a sua, grandiosidade,
Dando, sem nada nos cobrar.
O menino, cresceu, ele era Deus, sobre a humanidade,
sem sua gloria, ostentar,
No tempo da reflexão, um pensamento,
de por ele, como poderia melhorar.
Pacificar ao próximo todo sentimento,
tendo no coração , o desejo de ajudar, de doar.
Doação do que ele nos ensinou Amor,
ajudar, como ele nos ajudou , a caminhar,
Orar pelo menino, agradecendo o tanto que nos amou,
Amando , o próximo , como queremos, que venham nos amar,
Pedir, de toda nossa alma, um NATAL DE LUZ,
ele possa nos conduzir, em nossa missão .
Abrir o coração, dizendo bem vindo menino JESUS,
confessando, eis que será só vossa, a nossa adoração.
Festejar, com os nossos, e com o próximo, seja quem for,
o dia da natividade, do perfeito amor,
Abraçar o semelhante, dando lhe um sorriso,
fazendo de cada um, um irmão , um novo grande amigo .
É Natal, se o mundo não ainda, nosso coração mudou,
um pequeno passo, para mudar a terra.
De certo, gesto assim, o menino REI, aprovou,
e nos céus, conosco , fez a sua festa .
É Natal, façamos então, uma festa diferente,
orando por nós também, por que o Natal , passa,
mas, não as lições, que o MENINO , ENSINOU A GENTE,
Paz aos homens, de boa vontade,
e amor, por sobre toda nossa humanidade...

FELIZ NATAL, IRMÃO, IRMÃ, AMIGOS
MEU, NOSSO, MENINO JESUS CRISTO.


 
CERENA J' LUC

VIDA

Menina Maria sua luz iluminou o céu a pureza que atraiu a Deus.

Chamada Maria menina!

Não questionou a notícia,
de gerar, dar a vida a um filho.

Da jovem, singela e inocente, da virgem nasceu Jesus, não apenas um filho. Sim, Jesus! O ventre da Virgem Maria acalentou o Rei, Majestoso Senhor, a Brilhante Estrela da manhã, o Salvador. O mundo conheceu Deus através do Filho Unigênito! O mundo viveu, experimentou as Manifestações do Poder do Todo Poderoso. Natal é aperfeiçoar a fé, é acreditar nas Promessas do Pai, é confessar os pecados, é aceitar as Misericórdias que descem do Trono Celestial em forma de perdão que traz a Paz!

O Senhor deixou para a humanidade a escolha da Vida Eterna na prática do amor e do perdão, Amor e perdão: O verdadeiro sentido do Natal. O maior Dom da vida é o amor!

Deus Pai, Filho e o Espírito Santo, a Triunificação do Poder Supremo e Eterno.

Cerena J' Luc

Celeste Regina José Lucindo – Magé (RJ). Natural do Estado do Rio de Janeiro – nome artístico “Cerena J' Luc” – Bacharel e Licenciada em Educação Física e Pós – Graduada em Administração, Escritora, Poetisa., autora do Livro de Poesia   Trabalhando Emoções, Educação & Sexualidade, entre outras atividades, entre os quais da coordenação do Projeto Social: Roda de Bate-Papo em Educação e Sexualidade, Expressão Corporal, Artes Cênicas e Dança Contemporânea, entre outros segmentos.

DALTON LUIZ GANDIN
São José dos Pinhais - Paraná - Brasil

MARIA

Uma mulher deu o seu sim.
E a poesia se fez carne.


  

DIONI FERNANDES VIRTUOSO

MAGIA DO NATAL!

Dezembro chegou!
Os sinos tocam mais forte,
alertando a todos que o mês é especial!
Mais uma vez, os corações sensíveis
se deixam invadir pela magia do natal.
Festas, troca de presentes, brindes,
orações, alegria nos corações...
É momento, também, para
analisar o caminho percorrido
no ano que está findando.
O que foi maravilhoso deverá ser repetido.
Para os projetos que não deram certo,
novas tentativas com diferentes estratégias,
despindo-se de qualquer sentimento negativo
que afasta a felicidade.
Novos sonhos para serem concretizados no ano novo,
nunca esquecendo de reacender a chama da esperança
no coração daquele que tem fome de carinho
e sede de alguém que o escute
e compreenda suas necessidades.
Assim, poderemos dizer
Feliz Natal Meu Irmão!

Carinho da Di Virtuoso,
com desejos de Boas Festas.
 

DONZÍLIA MARTINS
25 de novembro 2014

NATAL DE ONTEM… NATAL DE AGORA

Dobram os sinos por ela cada vez que é Natal,
nascimento, entardecer, céu pardo
e manhãs cinzentas de Dezembro.
Do lado de cá a saudade, a nostalgia do vento…
Do Além a Trindade dos ausentes todo o tempo.
Chora o azevinho pérolas vermelhas com picos de dor
a macerar as mãos erguidas em orações de amor.
No presépio, que já não é de barro, mas de biscuit,
falta sempre alguém: o avô, os meninos, o pai, do burro a voz,
a lareira, os fritos, a noite nevada, o olhar dos avós,
a candeia na chaminé, o escano, o tronco a arder na noite abençoada
em que toda a família reunida festejava a consoada.
Agora há luz a jorros embutida em cada canto, sem teias,
há prendas, árvores de fantasias a catrapiscar segredos nas “meias”,
silêncios, lugares vazios sem cantos de “Noite Feliz”.
O menino dorme ali, espantado, como tudo mudou,
desejoso de abraços, de beijos, de ternuras, porque afinal
foi por isso que nasceu se fez homem e Houve natal.
Depois, abertas as prendas, só o recuperador aquece sorrisos para dentro!
E seguem-se os “adeuses”.
Cada um parte para o seu lar, porque ali, foi só noite de circunstâncias.
Há outros caminhos para lá de nós, outras distâncias.
Assim, o meu Natal bendito e sagrado que floriu outrora
deixa-me só, na saudade e lágrimas de cada hora.
E, eis-me soçobrando, carregada de tempo,
sufocando sentimentos neste natal de agora.

 
DOM MOYSÉS BARBOSA

JESUS É O ANIVERSARIANTE

Que o Natal seja neste ano
Um momento de paz e alegria
Que sejamos verdade e não engano
Jesus é o aniversariante!

Que possamos falar de amor e paz
Com poemas e também belas canções
Reunir as mães, filhos, netos, pais
Jesus é o aniversariante!

Que engrandeçamos o nome do Senhor
Com vida digna que não o desagrade
Entregando a Ele nosso melhor louvor
Jesus é o aniversariante!

Feliz Natal, vamos todos cantar
Com nossos corações agradecidos
Na cruz morreu para nos salvar
Jesus é o aniversariante!


  

DULCE RODRIGUES

RUDOLFO, A RENA DO NARIZ VERMELHO E LUZIDIO

A estória da rena Rudolfo - a rena do nariz encarnado, capaz de ver através do nevoeiro - apareceu por alturas do Natal de 1939, saída da imaginação de Robert May, um empregado dos estabelecimentos Montgomery Ward de Chicago. Foi ilustrada por Denver Gillen.

Vinha publicada num livrinho distribuído pelo Pai Natal dos ditos estabelecimentos e tornou-se logo num sucesso total. Só nesse Natal foram distribuídos mais de 2,4 milhões de exemplares. O nome da rena era em princípio Rollo, mas o patrão de May não gostou; acabou por chamar-se Rudolfo, segundo parece por influência do nome da filha do autor.

Dez anos depois, Robert May pediu ao cunhado Johny Marks, que era compositor, para fazer uma versão musical da estória. O êxito foi de novo espectacular e essa canção ocupa o segundo lugar das canções de Natal, imediatamente a seguir a "Noite Feliz".

Agora, vamos à estória. Como certamente se recordam, o trenó do Pai Natal é puxado por oito renas, cujos nomes são Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago. Mas existe também uma nona rena... o jovem Rudolfo.

Muita genta pensa que Rudolfo era uma rena do Pai Natal. Mas não. Rudolfo nem era mesmo o filhote de uma rena do Pai Natal, nem vivia no estábulo das renas, mas sim numa aldeia de renas algures por ali. E o Pai Natal só tomou conhecimento de Rudolfo e do seu nariz por mero acaso. Um dia em que o Pai Natal distribuía prendas na casa onde Rudolfo vivia, viu o brilho que vinha do seu nariz encarnado! Rudolfo tinha mesmo um nariz luzidio, que brilhava, brilhava… Mas todas as outras renas se riam de Rudolfo, chamavam-lhe nomes e não o deixavam tomar parte nas suas brincadeiras. O pobre Rudolfo andava muito infeliz.

Mas, com o seu nariz vermelho e luzidio, Rudolfo tinha a faculdade de poder ver através do nevoeiro. Ora, numa noite de Natal em que havia muito nevoeiro, receoso de que por causa disso pudesse haver algum acidente ou atraso na distribuição das prendas, o Pai Natal foi ter com Rudolfo e disse-lhe: Rudolfo, com o teu nariz vermelho e luzidio, tu és perfeito para nos conduzir, esta noite, a preceito!

Rudolfo acedeu logo a conduzir o trenó do Pai Natal e, como era uma rena com grande sentido de responsabilidade, antes de se ir embora escreveu um bilhete aos pais. Depois, lá foi a comandar o trenó do Pai Natal!

A luz que vinha do seu nariz era tal, que iluminou todo o percurso nessa noite de nevoeiro. E assim o Pai Natal pôde desempenhar na maravilha a sua tarefa. O nosso jovem Rudolfo não cabia em si de contente e de orgulho, pois conduzir o trenó do Pai Natal não era para todas as renas.

Por causa do seu heroísmo, a partir desse dia as outras renas passaram a tratá-lo melhor. E diziam com amor: Rudolfo, com o teu nariz vermelho e luzidio vais ficar na história!

EDA CARNEIRO DA ROCHA
 ”Poeta Amor"

NATAL É JESUS!

Natal é Jesus!
 Jesus é Natal!
 Pão da Vida
 Água Cristalina.
 Caminhou sobre mares
 Matou a fome, multiplicou peixes
 vinho e pão!
 Curou o cego,
 Fez o Paralítico andar!

 Deu sua vida,
 em prol da nossa.
 Doou amor!
 Foi Poeta,
 Pastor!
 Guardava seu rebanho,
 com carinho imortal e duradouro.

 Jesus de Nazaré
 Vossa é a Glória, Rei dos Reis,
 aclamado,
 perseguido,
 amado ,
 jamais vencido!

 Morrestes na cruz, para nos salvar.
 Agradeço, de minha parte,
 o que recebi, Meu Jesus!
 Tanto Amor,
 Cura , Confiança , na vida,
 querida e amada outra vez!

 Vem o Natal!
 Estrelas brilham no Céu.
 Cantamos salmos a Vós.
 " O Senhor é Meu Pastor,
 Nada nos Faltará"!

 Nada me abalará,
 pois estou convosco.
 Nada pode me acontecer,
 estou sob vosso manto sagrado
 Sou vossa ovelhinha, enquanto aqui viver!

 A Vós, Jesus, Feliz Natal!
EDUARDO DE ALMEIDA FARIAS

NATAL (14)

O céu de profundo azul pintado
É um poema de beleza tanta!...
E a paz e o silêncio envolvente
Só é quebrado
Pelo gri, gri, de um grilo encantado,
Na noite Santa.

Doce Jesus bambino
Neste Natal quero-te festejar
Sem pensar
Nas pedras do teu caminho
Por onde haverás de trilhar.

Quero com os pastorinhos Te adorar
Lá na igrejinha iluminada só de luar
Junto ao presépio enfeitadinho,
Dos meus tempos de menino.

E se por ventura
Uma lágrima furtiva
Nos meus olhos vires rolar,
Não, não é tristeza nem amargura,
É somente uma saudade amiga.
  

FÁBIO SIQUEIRA DO AMARAL
Bragança Paulista - Brasil

Quer você dar um presente
no Natal do bom Jesus?
Qualquer criança acalente,
tire-a da sombra da cruz!

Muita luz em gran cortejo,
melodia angelical,
a vocês todos desejo
Paz e Bem neste Natal!

Boas festas, fim de ano...
Mude agora sua vida,
pense que no mundo insano
coisa alguma está perdida!

José, Maria e Jesus,
o presépio está feito
no coração que é só luz
nasce o Deus – Amor Perfeito...
 
FÁTIMA DE ROYES MELLO (FOFINHA)

NATAL

Mais um natal chega
sente-se no ar a alegria
que ronda cada lar
Sente-se cheiro de comilanças
naqueles lares abençoados
tem suas mesas fartas
Mas e aqueles mais desafortunados
que alegria sentem, quando
um filho escreve uma carta a Noel
e ele sabe que não será atendida?
Que alegria terão os que se
encontram enfermos nas camas
de hospitais mal atendidos?
Os que nem um lar tem
para abrigarem-se...
Querias que as luzes furta-cores
iluminassem essas pessoas
desafortunada na vida
sem sonhos para serem sonhados.
Para as mães que mal tem o que dar
aos seus filhos na noite de natal...
Queria um natal diferente de tantos
por mim já vividos
Um natal de sonhos
onde cada um tivesse o que todos têm
Essa de dizer que paz e amor e tudo
já cai no refrão de todos...
Queria crianças felizes
com seus brinquedos
mesas fartas, saúde
que todos fossem iguais
como Deus sempre falou
Com atendimentos iguais
nos hospitais independente
de condição social, credo ou religião...
Queria sim paz entre os homens
que guerra fosse coisa do passado
que armas somente de brinquedos
para as crianças brincarem de policia e ladrão,
e que ladrão só fosse às crianças
em roubar doces e bolachas na casa dos pais
Será que é sonhar demais
desejar um natal assim??
Feliz natal meus amigos
eu sonho... Sonhe comigo
quem sabe um dia ainda vejamos isso.


  

FLÁVIO RODRIGUES
  (Céu)
Bragança Paulista - Brasil

Na tal pobre estrebaria,
Na tal divina criança,
Na tal luz da estrela-guia,
Natal de nossa esperança!

Quero aprender a viver
com fé, amor, devoção,
para Jesus renascer
dentro do meu coração!

Por mais que os séculos passem,
multiplicam-se as Marias...
e os Cristos ainda nascem,
em velhas estrebarias...

Com jingle bell, jingle bell!,
muita festa, muita luz,
todos esperam Noel...
...alguém espera Jesus...


GLÓRIA MARREIROS

NOITE DE NATAL

É noite de Natal. Vela-me o frio
A crepitar de dor e de tristeza.
E o rosto da minha alma é incerteza
A bruxulear na luz que há no pavio.

A mesa, desnudada, não tem brio,
Falta-lhe o doce aroma a natureza.
O linho está puído e sem beleza,
Porque o luar é débil e sombrio.

A um canto, o presépio tem figuras
Cada ano mais tristes, mais escuras,
Por tudo o que se diz e não se faz…

É noite de Natal, mas não há luz.
Os homens esqueceram que Jesus
Nasceu para trazer amor e paz!


 
GERCI OLIVEIRA GODOY
Porto Alegre - Brasil

NATAL DE AMOR

Lili tem quaro anos, cinco irmãos e mãe grávida. É véspera de natal. Todos de pé as seis da manhã. É preciso chegar cedo para ganhar brinquedos. Ganham comida, roupa, brinquedo? Não! E as mãos são carimbadas A mãe quer voltar pra casa. O choro é digno de dó. Tiram a tinta das mãozinhas com água do arroio e areia e seguem. Chegam a outro local. Lili tem febre, a irmã maiorzinha carrega-a no colo. Papai-noel olha as mãos das crianças manchadas de azul, a tristeza, a barriga da mãe. Vence o amor. Ganham brinquedos. A mãe chora de alegria e gratidão. Em casa fazem a partilha e nasce mais um anjo.

  

GISLAINE CANALES 

FELIZ NATAL

As vozes dizem: Hosana!
É Natal. Só paz e amor!
O universo se engalana
num parto de luz e cor!

Papai Noel, com carinho,
eu te peço, por favor:
põe em cada sapatinho
uma gotinha de amor!

Neste Natal eu queria
que o mundo fosse melhor,
que presenteasse alegria
e desse abrigo ao menor!

 
HELENA SCANFERLA
Bragança Paulista - Brasil

Oh, Maria Imaculada,
sem pecado original
por todos nós almejada
no doce e santo Natal.

Num Natal que festejamos
com amor no coração,
tudo é belo quando O olhamos
sob doce inspiração.
  

HENRIETTE EFFENBERGER
Bragança Paulista - Brasil

Noite de luz e esplendor,
noite de cor e magia.
Natal do  Menino – Amor.
É o que diz  a estrela-guia.

Pelo Pai abençoada,
bendita sejas, Maria!
Que nesta data sagrada
reine o amor e a alegria.

Cada hora, cada dia
do ano que se inicia
seja de brilho e magia
como a luz da estrela-guia.

O anjo, a estrela, o menino,
a prece, o sinal, a luz...
A cada toque de sino,
louvado sejas, Jesus!

Pois foi tanta correria,
tantas compras a fazer,
que o povo mal percebia
do Cristo, seu renascer.


HILDA PERSIANI

NATAL DE 2005

O Natal está chegando,
Enfeitando a cidade de luz,
Estamos todos esperando
O nascimento de Jesus!

A criançada inocente
Espera um presente.
Papai Noel, seja bonzinho,
Não se esqueça do pobrezinho.

Também faço o meu pedido
E quero vê-lo atendido:
Atente ao que estou lhe pedindo,

Papai Noel, quero de presente
Ver todo adulto contente
E toda criança sorrindo!...

IGNEZ FREITAS
Bragança Paulista - Brasil

Nasce o menino Jesus
trazendo paz e alegria;
vamos todos adorar
Jesus, filho de Maria.

 

ISABEL C S VARGAS
Pelotas (RS) - Brasil

ADVENTO

Aproximamo-nos do advento.
È tempo de preparar os corações.
Assim como outros preparam as casas.
Para receber Jesus e o espírito natalino.

Natal é amor, solidariedade, reflexão.
Muitos acreditam que é consumo.
Gastam mais do que podem em presentes.
E não oferecem o mais importante.

Natal é doação espontânea.
É receber o outro em seu coração.
Oferecer o perdão e juntos
Confraternizarem em busca da redenção.

Que possamos todos trilhar bons caminhos,
Pensar nos mais necessitados,
Procurar ser melhor para si e a sociedade,
Buscar viver em paz, e nos princípios de justiça.

Na noite de Natal olhe para o alto,
Para as coisas do céu,
Lá encontraremos inspiração
Para sermos verdadeiros cristãos.

¨¨¨ ¨¨ ¨¨¨ ¨¨

MENSAGEM DE NATAL

            Nesta época de Natal desejo fazer uma pequena reflexão para estipular as metas a serem corrigidas para o próximo ano que se avizinha. Geralmente estas metas se referem a coisas materiais, aquisições, atividades, planos de passeio, estudos, profissionais e não a sentimentos e disposição interna.

          Já fiz isto durante muitos anos.  Uns foram decepcionantes com relação às metas que não consegui (emagrecer, fazer um curso novo, poupar).

          Depois de perdas por demais dolorosas deixei de me programar, pois pensei que nada adianta frente aos acontecimentos trágicos e inesperados.

       Entretanto é sempre bom revisar os comportamentos para nos policiarmos e corrigir possíveis erros.

       Assim, desejo para mim e para todas as outras pessoas uma série de sentimentos e comportamentos que desejo que estejam incluídos neste pacote de Natal.

         Para lembrar isto poderíamos colocar em formas de bolinhas na árvore se Natal para que fique bem visível e que estes sentimentos estejam presentes em nossas relações não só no Natal, mas na maior parte do ano.

            Que tenhamos muita paciência, respeito, sabedoria, desapego, verdade e pureza como das crianças. Parece muito, mas há mais coisas para sermos pessoas melhores. Alegria no dia a dia, humildade, disciplina, determinação e autoconfiança para não capitular frente às dificuldades. A serenidade no trato com as pessoas, gentileza com os mais afoitos, sem esquecer que o sucesso depende da cooperação, da flexibilidade, generosidade, coragem e leveza para saber sair de situações de apuro.

           Intransigência nada constrói. É necessário força sem perder a doçura.
Se conseguirmos nos lembrar destes atributos que tornam uma pessoa especial para conviver, teremos avançado dentro dos princípios de boa e fraterna convivência para que tenhamos uma sociedade menos violenta e mais justa.

Um Feliz Natal a todos!


 
IVONE BOECHAT

NATAL É MUDANÇA

No dia do Natal
tudo amanhece
exatamente igual,
o céu espera
que você acorde
muito diferente;
isto você alcança,
sendo o maior símbolo
de mudança:
sendo luz,
com o propósito
de viver daqui pra frente
de maneira tal
que  ao olharem pra você
as pessoas se lembrem de Jesus.

¨¨¨¨¨ ¨¨¨¨¨¨¨

NATAL

Quando ressoam os primeiros acordes
da festa do Natal,
uma saudade imensa
acorda os corações da humanidade,
parece que o livro da vida foi aberto
lá na introdução da história
que ficou bem longe,
vultos e personagens desfilam
nas memórias,
ressurgem latentes, vivos,
num caminho de luz;
preste atenção,
muitos de nossos pais
já se foram, mas deixaram,
a data simbólica do aniversário,
e a doce missão de abraçar
Jesus.

¨¨¨¨¨ ¨¨¨¨¨¨¨

NATAL DE OPORTUNIDADE

O Natal
é a mais bela oportunidade
de reunir a família
em volta da compreensão,
fazer um novo pacto
de rever a jornada,
numa doce vigília
de oração;
gratidão e felicidade
palavras fortes
nesse mutirão,
a mais bela: a humildade,
a mais necessária: o perdão.

(Amanhecer-4ª. edição)

 
JACÓ FILHO

EGRÉGORA DO BEM

Replicamos na terra, do céu, as estrelas;
Trocamos presentes, e nos solidarizamos...
Fazemos caridade e pelos justos, oramos...
Esquecemos de leis, pra desobedecê-las...

Amamos o próximo se por nós escolhidos...
Só cumpre o desígnio quem sempre o faz...
Apesar destas falhas o Natal sempre trás,
À luz as memórias de um Jesus renascido...

A egrégora do bem na época se expande,
Por bons pensamentos e feitos generosos...
Além das orações dos crentes fervorosos...

Aumentamos nas luzes tudo que encante,
Em casa e nas ruas, que ficam majestosas...
Até lembramos Cristo de forma venturosa...

Desejo aos amigos, leitores e a quem por aqui
passar, um magnífico Natal e um feliz "2015"...

Jacó Filho




JOÃO ROBERTO CÔNSOLI

Oi, 2014!

Queria te dizer umas palavrinhas na véspera da tua partida. Todos estão preocupados com o novo ano, com o menino que vai nascer, e te deixaram sozinho com tuas malas e trouxas. Ninguém te ofereceu um lanche, nem sequer um cafezinho, ninguém se ofereceu para arrumar-te as roupas, para acompanhar-te na despedida. Sei do teu cansaço, tiveste uma dura caminhada, cheia de provações e contratempos... Tuas pernas doem, a vista cansada te incomoda, o som já não chega tão bem aos teus ouvidos, dói-te o corpo e dói-te a alma. Quem sabe um passeio ao ar livre possa alegrar-te um pouco! Vamos, ainda nos resta um pouco de tempo... O dia está ensolarado, o céu azul, passarinhos cantam, abelhas trabalham tocando flores, borboletas passeiam cores sobre os campos verdejantes, tudo isso graças ao milagre das tuas bênçãos. Vamos amigo, dá-me tua mão, andemos um pouco!  Eu tenho muito a te agradecer, aliás, todos nós temos, mas muitos, a maioria mesmo, se esquece de fazê-lo, preocupados que estão com o nascimento da criança. Eu quero agradecer-te os dias e as noites, a chuva e o sol, a calmaria e o vento que balançou os ramos das árvores, permitindo que todas as folhas pudessem beneficiar-se da luz dos teus dias. Quero agradecer-te pelas manhãs frias e brilhantes do inverno que passou, pelas tardes quentes de setembro, pelo frescor das madrugadas, pelo orvalho dos amanheceres, pela lua e pelas estrelas. Quero manifestar minha gratidão por teres sido tu mesmo, com tuas qualidades e teus defeitos, e cumprimentar-te pela sinceridade da tua passagem. Muito obrigado meu amigo, o tempo foge, e sei que precisas ir... Adeus, 2014!

J.R.Cônsoli
JANETE SALES DANY
São Paulo - Brasil

FELIZ NATAL! CHEGARÁ À HORA DA PERGUNTA FINAL!

O mês de dezembro tão esperado havia chegado.

E o filhinho disse para a mamãe:
—Vou pedir presentes ao Papai Noel
—Ele mora com o Papai do Céu.
—Eles são amigos; quem sabe eu consigo!

A mãe ficou surpresa, pois o filho nunca agira assim!
E então muito curiosa ela perguntou:
—O que você vai pedir? Algo para você ou para mim?
E o filhinho respondeu:
—Percebi que eu tenho o que preciso e você também.
—Então vou pedir para outro alguém!
E um silêncio profundo se fez entre os dois.
E a conversa ficou para depois.

Todos os dias o menino comprava um papel de presente.
Porém, eram muitos!
E o menino parecia tão contente...
A mãe estava cada vez mais confusa com aquela situação.
Imaginava que todos aqueles papéis seriam uma coleção!

Quando estava perto do Natal o menino passou a ficar mais sozinho!
Dizia que estava preparando o Natal mais lindo.
E para não estragar a tal surpresa não deixava ninguém ver o que fazia.
E o filhinho ficava dentro do próprio quarto; noite e dia...

Na noite de Natal o menino fez um pedido:
—Mãe, chame aquele moleque que pede esmolas na praça.

Ela ficou sem graça!
Não conseguiu entender; mas atendeu ao pedido.
Afinal... Era Natal!

A mãe chegou com o menino pedinte e o filho abriu a porta do quarto.
Sobre a cama havia muitos presentes e embrulhados com os tais papéis!
Uma surpresa de fato!

O filho falou ao pedinte:
—Eu tenho muitas coisas e por isto eu reparto!

Então a mãe perguntou ao filhinho:

—Você disse que ia pedir ao Papai Noel!
O menino Respondeu:
—Sim, e muitas vezes eu pedi também para o Papai do Céu.
—Mesmo rezando e pedindo; o meu pedido não foi alcançado!
—Pois eu vi este menino comendo lixo na véspera do ano passado.

E continuou dizendo:
—Vou dar e não me arrependo.
—Tudo o que há nos presentes eu tenho em dobro!
—Percebi que o Papai do Céu fica triste nesta época do ano.
—Repartir é tão fácil quando se tem muito...
—Porém, este mundo é desumano.
—Uns fazem festa e outros ficam chorando!

Então os três se abraçaram e os sinos tocaram
Era noite de Natal, afinal...
Aquela atitude celestial mudou um cenário de tristeza
Naquela noite de Natal o menino pobre teve comida na mesa!

Debaixo deste céu há muitos que choram
E nesta terra de ilusão há muitos que imploram
Não deixe o Espírito Natalino se esvair da sua mente
Todos os dias você pode fazer algo para deixar alguém contente
O tempo vai passando e ninguém pode conter
Os bens materiais um dia a terra vai corroer

Chegará a hora da pergunta final:
No que você foi melhor?
No ter ou no ser?
Eu te desejo um FELIZ NATAL!

¨¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨¨

UM ACRÓSTICO PARA JESUS CRISTO
J - Jesus Cristo é a nossa proteção celestial!
E - Ele tem por nós um amor incondicional
S - Sangue que escorreu para vencer o mal
U - Uma coroa de espinhos; dor sem igual...
S - Salvador pessoal; segurança espiritual!


C - Confie e caminhe com Ele até o final

R - Rei do amor e da paz; Luz universal!
I - Instrumento de Deus que dizima o mal
S - Sentido para a vida, Ele nos cerca, afinal!
T - Tão infinito é o culto a Jesus e tão real...
O - O planeta inteiro herdou este amor divinal!

http://www.caestamosnos.org/autores/autores_j/Janete_Sales.htm
JOAREZ DE OLIVEIRA PRETO
Bragança Paulista - Brasil

O Natal é das crianças
e dos adultos também,
pois Deus nos deu esperanças
quando nasceu em Belém.

Natal é tempo de festa,
Natal, as almas conduz,
então, nada mais nos resta,
senão, louvar a Jesus.
  

JORGE LINHAÇA

SONETILHO DE NATAL

Hoje é noite de Natal
Nasce Cristo outra vez
Anjos cantam em coral
O Verbo carne se fez

Toca o sino do amor
E os homens pedem paz
Pois Jesus, o Salvador
Boas novas já nos traz

Muitas benção de alegria
Venho aqui vos desejar
Jesus, José e Maria

Vêm os magos visitar
Milagre na estrebaria
Estrela Guia a brilhar.


¨¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨¨

O RATINHO DO NATAL

Junto à árvore de natal o ratinho dorme calmamente.
Meio escondido entre as caixas coloridas de presentes.
Com a certeza do dever completamente cumprido.
Não é um rato comum este nosso pequeno amiguinho;
é o ratinho do Papai Noel.
Como? Você nunca ouviu falar? Nossa!Que coisa...

Então vou explicar:

Lá na oficina de Papai Noel, existe muito trabalho a ser feito...

Enquanto os elfos fabricam os brinquedos pedidos pelas crianças,
os amigos animais também fazem a sua parte para que o Natal não atrase. Os pássaros carregam os laços de fita e os cordões coloridos para deixar os presentes ainda mais bonitos; as renas carregam os presentes já prontos para o depósito, ajudadas pelos cachorrinhos. Os ratinhos são encarregados de fazer os embrulhos, amarrando os laços e cordões coloridos.

É bonito de ver a agilidade com que os ratinhos fazem o seu trabalho, subindo e descendo pelos presentes.

O nosso amiguinho, depois de tanto trabalho na véspera de natal, acabou adormecendo entre os presentes e foi colocado no saco do Noel sem que ninguém percebesse.

Papai Noel , no meio da correria de entregar os presentes e sempre espiando de lado , para não ser visto pelas crianças, também não percebeu que em meio aos presentes deixados sob a árvore de natal havia deixado também o ratinho natalino.

Você pode estar perguntando: e como você sabe que esse é um dos ratinhos do Papai Noel e não um ratinho qualquer?

Ora, amiguinho, isso é muito fácil, basta olhar a cabeça de nosso amigo e ver que ele usa um gorrinho como todos os animais que trabalham na oficina do Noel.

Já está amanhecendo e o ratinho ainda dorme, sem nem saber o que aconteceu; logo as crianças vão descer as escadas correndo para desembrulhar os seus presentes e vão dar de cara com nosso amiguinho ali adormecido... Que grande susto ele vai levar!


Mas que barulho de sininhos é este que estou ouvindo ao longe?
Huumm... O ratinho está acordando bem devagarzinho... está se espreguiçando...olhando em volta...nossa ...que cara engraçada ele fez...

O som dos sinos está cada vez mais perto...o ratinho está subindo e descendo nas caixas de presentes, olhando para todos os lados, sem entender onde ele veio parar...

Agora o som dos sinos está bem próximo...o ratinho ainda parece perdido...está subindo pela árvore de natal...está alcançando a estrela...agora está lá encima olhando pela janela ...

Uma pequena névoa colorida começa a entrar por baixo da porta,
ela brilha como se fosse pó de estrelas... o ratinho agora dá um pequeno sorriso...aquela névoa mágica o envolve e o leva pela chaminé acima.

O som dos sinos volta a ser ouvido e vai se afastando aos poucos , mas agora ouve-se também uma conhecida risada...

OH... OH... OH... OH

Noel acaba de vir buscar seu amiguinho e partiram felizes para a sua casa lá no Pólo Norte.


Feliz Natal!


JOSÉ ERNESTO FERRARESSO
Serra Negra (SP) – Brasil

NATAL E CONFRATERNIZAÇÃO

O Natal inicia...
euforia em todos os lugares, ou melhor,
em quase todos, porque a PAZ
não reina em todos os países.
Que bom se pudéssemos esquecer das desigualdades,
guerras , inimizades, dessa luta sem nexo.
Hoje, quantos esquecem do mais importante:
do Aniversariante e da Confraternização.

É difícil de admitir que é a partir do
amor e da justiça que obtemos essa União
porque ela não cai do céu,
adquirimos através da compreensão,
da virtude, bonança, prosperidade, enfim,
nos momentos de respeito e reflexões.

Infelizmente, passamos por momentos difíceis,
e sempre acreditamos, acontecem desgraças e confiamos
mudanças e confiança na confraternização
entre os povos e entre as Nações.

Que todos analisem, meditem
e tenham em seu interior
a Bondade como prioridade
em seus corações.

Assim como o Mestre nos deixou um só Mandamento:
"AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI".

JOSÉ HILTON ROSA

NATAL

Olhando lá no fundo daquela nuvem
Tem afago bem próximo de mim
Fazendo votos no natal
Querendo um beijo seu
Com seu cheiro de jasmim
Natal é viver um novo ser
Amar, palavra vitalícia de um dom
Dom de amar, emana diferente em cada ser
Saber amar, o natural da felicidade
Amar é estar feliz
Saber amar é saber doar-se
É transcender a humildade de cada ser

Um choro esquecido
Uma lágrima perdida
Um grito sem eco
Uma voz para ninguém
Uma noite só
Um filho sem pai
Uma carta sem resposta
Um homem vulgar
Um filho só
Uma reza fora da igreja
Marido e mulher sem amor
Sem lugar para ficar

Pai que brilha, emociona e chora
Pai que ensina e faz carinho
Filho de Deus, pai de todos os filhos
Exemplo, o espelho para o filho
Pai é aquele que sabe dizer sim,
sendo o mesmo para dizer não.
Um bom filho, será um bom pai!
É natal, abracemos nosso irmão!

  


JOSÉ SOLHA
Bragança Paulista - Brasil

Foi o arcanjo Gabriel
quem anunciou certo dia,
à prima de Izabel,
a santa virgem Maria...

Na manjedoura escolhida
de Belém, pouco afastada,
nascia mais uma vida
por Gabriel anunciada...
  

JOÃO BOSCO SOARES DOS SANTOS

MINHA FÉ - DO LIVRO TOCATAS

Ainda canto alegria e felicidade
de belos tempos vividos muito longe.
Ainda sou criança sem maldade
de um passado feliz e bem distante.

Ainda sou amplo mundo de verdade
buscando a vida, ansioso e ofegante.
Ainda adoro o amor-fraternidade.
Ainda quero meu mundo deslumbrante.

Ainda sou a bondade enternecida.
E acredito na força do perdão.
Ainda pugno por vivência bem vivida.

Ainda sou mui sensível à emoção.
Ainda creio na clemência bem sentida.
Ainda estou razão e coração.

¨¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨¨

TOCATA NATALINA
(do livro tocatas -
 também publicado na revista artpoesia)

Natal é o amor com alegria.
É o afeto com magia.
É a paz em reflexão.
É DEUS abraçando o mundo
Com SEU sentimento profundo
Repleto de compaixão.

Natal é a beleza da fé
Colocando-nos de pé
Gargalhando sensação.
É a nossa vontade firme,
Robusta e inflexível,
Repleta de afeição.

Natal é, da vida, a parada;
Aniversário da morada
Que chamamos coração.
É o belo instante da vida,
A primavera preferida,
Encanto da comoção.

Natal é o altar do sentimento
Em formidável momento;
Berço feliz da emoção.
Natal é ternura agradecida
Que cura toda ferida;
É um milagre em ação.

Natal é o doce cantar da vida.
A melodia mais querida
Que eterniza a gratidão.
É o bom perfume do universo,
Aninhando-se no verso;
Poesia do coração.

Natal é a energia da vida.
À volta, o ficar, a partida
Da alma em ressurreição.
Natal, somos nós enternecidos,
Abraçados; comovidos,
Celebrando a união.


  
JOÃO PEREIRA CORREIA FURTADO
Praia 
 18 de Novembro de 2014

NATAL

N asceu o Menino esperado
A nsiosamente anos e anos
T odos esperavam fogos de artifícios
A final foi na manjedoura
L igado a pobreza estrema!

N ão tinha berço nem cama
A penas o afagar das ovelhas
T eve um pai na terra e no Céu
A s estrelas pareciam brilhar mais
L embrando aos homens a Verdade

N ão teve roupa e de presente
A mira, o incenso e um pouco de ouro
T ão pouco quanto simbólico
A humanidade que tanto O esperava
L idava com os seus outros problemas!

N ovas e novidades O menino
A os homens de boa vontade
T rouxe em abundância sem medida
A penas uns pastores as receberam
L iricamente tocaram flautas para anunciarem...

N inguém reparou naquele Menino
A pobreza que O envolvia
T alvez estava a cobrir a Nobreza da
A ltíssima missão que o destinava e a
L inhagem Divina do Filho de Deus!

 

JUSMARIA DA CUNHA CARVALHO
Mendonça (SP) - Brasil

MENSAGEM DE NATAL

Que neste Natal
Resplandeça a Luz
Do Cristo Jesus
Em cada coração
Cheio de comoção
Pelo amor fraternal
Que os poetas participantes
Deste Portal
Que proporciona a união
Entre Brasil e Portugal
Possam levar avante
No âmago desta amizade
Toda solidariedade
Para cada nação
Da nossa querida terra
Em melodia que se descerra
Para vivermos como irmãos
Com muita paz e amor
Envoltos no esplendor
De uma angélica canção

¨¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨¨

Canção: HAJA PAZ E UNIÃO
Autora: Jusmaria da Cunha Carvalho

Haja paz na terra
Muito amo e união
Num canto que se descerra
Espalhando luz pelo chão
Para que cessem as guerras
A fome e destruição
Que os Embaixadores da Paz
Entrelaçando as mãos
Proclamem de maneira eficaz
Como numa corrente de oração:
- Haja paz na terra
Muito amor e união
Haja paz na terra
Muito amor e união...
 
LAILTON ARAÚJO

DEZEMBRO, NATAL, ÉTICA E CONSUMO

Hoje é um dia comum no Brasil, e por capricho da natureza, é verão! Um novo momento parece surgir na vida de cada pessoa. Aqui e em algumas nações do planeta Terra, começaram as campanhas publicitárias natalinas, cujo objetivo, é a venda de produtos disfarçados nas barbas de um Papai Noel, com ou sem trenó. O que é o Natal?  “É a solenidade cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo. A data para sua celebração é o dia 25 de Dezembro, pela Igreja Católica Romana e, o dia 7 de Janeiro, pela Igreja Ortodoxa” (Fonte: Wikipedia).

Repensando os caminhos ou descaminhos - a palavra Natal - rima com ocidental; que também rima com comercial; e por consequência, deturpa o verdadeiro sentido natalino: fraternidade. Na sequencia dos fatos, aparece outra palavra da mesma grandeza de Natal: Ética: "é o estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto e Ético é relativo à ética"  (Fonte: dicionário - Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).

Vive-se em um mundo de competições. O sucesso individual de cada indivíduo é alheio às realizações e triunfos coletivos. Quem não sentiu o ego sair da própria cabeça e engolir outras cabeças? A sensação é de onipotência. A vaidade - embora oculta - envolve qualquer mortal. É algo natural no ser humano, seja ele: materialista ou espiritualista; culto ou inculto. Algumas análises natalinas...

1. Nos próximos dias, a mídia mostrará vários “Papais Noés” promovendo a venda de diversos produtos, das grandes e pequenas agências publicitárias. São presentes para a noite natalina. Alguns destes, são “Made in Paraguai ou Made in Qualquer País”. Outros possuem o selo de qualidade Made in Brazil. As mercadorias importadas, exportadas ou deportadas, passarão pelo controle alfandegário nos portos e aeroportos brasileiros?

2. Em 25 de dezembro, algumas famílias estarão reunidas e rodeadas à mesa farta de iguarias. O repertório será eclético, comJingle Bells (J. Pierpoint) nas versões russas, alemãs, portuguesas, francesas, italianas, inglesas, e até japonesas. Nas periferias das grandes cidades, a mixagem de Jingle Bells - versão musical Hip Hop e sem DJ - poderá ter a participação de balas perdidas, num sonoro tiroteio, ecoando e acoplado como contraponto musical. As harmonias ou desarmonias da nova versão da música serão os diferenciais nos recitais de Natal do Brasil. As harpas, percussões, coro e metais da bela canção natalina são apenas detalhes de produção.

3. Jesus Cristo (o messias) estará presente como autor e convidado do evento chamado Natal. A distribuição de pão para os menos favorecidos - efetuada por seguidores e simpatizantes cristãos - saciará momentaneamente, o fantasma da fome na maioria dos continentes. Na capital federal, Brasília (meia-noite), o programa Fome Zero será concorrente da milenar noite de Natal. O ex-presidente Lula poderia concorrer ao cargo de Papai Noel honorário!

4. Os governantes, competentes e incompetentes - das várias nações - anunciam nas mídias suas realizações. Eles estimulam o consumo e consequente crescimento econômico. É saudável! O sucesso da grande ou pequena festa em comemoração ao Natal, é o reflexo dos índices positivos dos últimos meses em qualquer país. E a falta de divulgação dos valores gastos com armas e guerras? Com certeza, estes citados valores aplicados na destruição humana ou suposta manutenção da segurança dos países, serão superiores aos disponibilizados na compra de pães para a conhecida ceia de Natal. As máscaras podem cobrir os olhos críticos de quem informa, mas não, de quem observa!

5. O que o Papai Noel vai carregar em seu trenó no Afeganistão? Serão bombas, tanques de guerra, aviões de combate, mais soldados estrangeiros ou a paz? Sabe-se que crianças morrem todos os dias, naquele e outros lugares, onde existem conflitos políticos, ou reina a corrupção e miséria. O direito à vida passa a ser apenas um índice do Fundo das Nações Unidas para a Infância(em inglês United Nations Children's Fund - UNICEF), quando as nações civilizadas fecham os olhos aos problemas. O grande messias, Jesus Cristo, deve ser filho de um Deus multinacional e multirracial. Talvez seja o primogênito do Deus adorado nos EUA, Europa, Ásia, Américas do Sul, Central e do Norte, África, ou ainda qualquer lugar do Universo, se a vida existir lá fora. A história moderna - segundo a teologia - sabe que Jesus Cristo nasceu sem pátria!

6. Ao longo do ano, a sociedade procurou incentivar, quase sempre, os vencedores das pirâmides humanas, buscando os mais qualificados do mercado, e em todas as áreas. Os poderes públicos e privados selecionaram as pessoas mais capacitadas, vias concursos ou forma - quem indique. Regra quase geral: os classificados serão sempre os mais fortes ou bem articulados politicamente, ou aqueles que possuem boa aparência, educação e cultura, ou por último, aqueles que não possuem escrúpulos. Onde está a ética? E os mais fracos? A conduta de presentear - incentivada pela mídia e aceita pelo público - não será uma forma de indenização entre indivíduos, motivada por alguma afronta aos princípios éticos?

Buscar o sucesso sem limites, ou aceitar sem questionamentos, que os mais fortes massacrem os derrotados nas competições diárias, é a confirmação da existência da falta de ética! É igual ao espírito natalino, moderno e comercial, sem as ideias humanitárias de um Jesus Cristo autêntico, humano e que foi fonte do humanismo.


 
LOURDES LIMEIRA

AUTO NATALINO

O Menino Jesus nasceu
Por isso, alegremo-nos
Poesia natalina pura
Nasceu O Menino Luz, abracemo-nos!
Tantos comes e bebes é pra Ele
Champanhes e folguetórios... Saldemo-nos!

Jesus Cristo é Amor!
Merece toda homenagem nesse dia
Menino Deus que se fez carne
Agradecemos-Lhe por tanta bonança e alegria
Os festejos, no natal, é a consagração
Nossa fé que contagia em todas as moradias.

Essa é a mensagem de Natal
A Boa Nova propagada de boca em boca
Há dois mil anos
Benfazeja às almas ocas
Que Seu Amor entoe nos nossos corações
Feliz Natal pra todos! Vibremos nessa época!

Bacana demais ver Jesus Cristo
Movendo as pessoas para o bem
Ótimo seria que o Natal continuasse no dia-a-dia
A Paz, o amor e alegria também
Utopia em meio às vicissitudes da vida
Quiçá, na Santa Missa, a gente se abrace sem desdém!

 
LEDA MONTANARI  
(Céu)
Bragança Paulista - Brasil

O pobre menino pobre
vive o Natal com tristeza.
Não espera que lhe sobre
uma migalha da mesa.
LYRSS CABRAL BUOSO
Bragança Paulista - Brasil

Você já pensou, amigo,
Natal não é só presente;
por certo, o melhor artigo
é o bom coração da gente.

Natal, a noite de luz
para toda a humanidade...
O Deus do amor nos induz
a sentir sua verdade.
 
LÓLA PRATA
Bragança Paulista - Brasil

É emocionante o sino
bimbalhando de alegria
a festejar o Menino
filho de Deus e Maria!

Foi ao descer para a gruta
onde o Menino nasceu
que mudei minha conduta
e o Natal me aconteceu.

Somente doce e salgados
que no Natal se organiza,
não trazem aos batizados
a festa que a fé precisa.

No presépio pobrezinho,
grande riqueza existia,
pois junto com seu filhinho
estão José e Maria.

Ao nascer Jesus-Menino,
a mãe sentiu a alegria
pelo seu santo destino
de ter com Deus, parceria!

Uma virgem concebeu
há dois mil e onze anos,
um mistério que envolveu
todos os seres humanos.

A todo ano em dezembro,
nesta festa sem igual,
o nascimento eu relembro,
do menino divinal.

LUIZ EDUARDO CAMINHA
Ratones – Florianópolis - Brasil

ESTE ANO SÓ QUERO PAZ

Senhor,
Este ano eu não vou fazer um poema.
Nem, tampouco, um texto em prosa.
Não farei rimas, nem versos,
Tampouco rabiscarei palavras doces.
Este ano serei duro. Incisivo. Sofrido.
Neste Natal 2014, farei apenas um pedido.

O mundo, Senhor, está em crise,
Conflitos eclodem em todos os cantos,
Irmãos, em guerra, dizimam-se,
A violência domina o campo, recrudesce nas cidades.
O terror espalha centelhas de ódio,
Evocando Teu Santo Nome.
Não parece haver mais, um tempo para a paz.

Governos e pseudo-líderes mundiais,
Mergulham na soberba egocêntrica.
Nadam nas plácidas águas,
Onde se afogou Narciso,
Enquanto o Planeta,
Geme as dores da poluição e agressão.
Cobiça desmesurada dos teres.

O poder pelo poder,
Eles não mais governam
Em favor dos governados.
Só lhes interessa a ganância,
O acúmulo de tesouros
Grande parte usurpados
Da privação dos desvalidos.

Princípios éticos e morais
Jogados no val da lama onde chafurdam.
A corrupção campeia
Nosso Brasil... e o mundo, sucumbem.
O TER, o consumo, a ambição,
Sobrepujam o mais miserável SER
Impondo-lhe fome, indigência e doenças.

O Tempo presente compõe-se,
De um lado,
De homens do Maligno.
De outro – a grande maioria,
De um exército em frangalhos do bem,
Indefesos, abismados, confusos,
Incapazes de reagir.

Eu sei! Eu sei! Tu só voltarás,
No último segundo dos Tempos.
Mas Tu és o Senhor dos Tempos.
Mil anos para Ti são como um dia.
O nosso tempo não pode esperar.
Intervenha, agora, Senhor,
Enquanto resta-nos tempo.

Neste Natal 2014, (RE)nasça, Senhor,
No coração dos homens e infunda-lhes a Tua PAZ,
Mostre-lhes que a CARIDADE, a COMPAIXÃO,
São frutos de uma árvore chamada VIDA
Cujas ramas são o Teu AMOR,
Cuja seiva é Tua PALAVRA.
AMOR que, por mais paradoxo, deu SUA VIDA!

Este ano eu não fiz poema ou prosa,
Este Natal 2014 eu farei apenas um pedido:
Dai-nos, Senhor, a Tua PAZ.
Converta – ou extermine – os homens maus
Permita-nos VIVER, em PAZ,
A fraternidade universal,
Onde inexistam exclusões... e EXCLUÍDOS!

Luiz Eduardo Caminha e Família,
Dezembro de 2014.
Ratones, Florianópolis,
Na profunda esperança da PAZ!


LUIZ POETA
Luiz Gilberto de Barros
 Rio de Janeiro – Marechal Hermes – Brasil

MENINO… JESUS

Da janela, a menininha olha a estrada…
Está frio, mas a casa é aquecida;
Que presente alegraria sua vida
No Natal? Seu coração não lhe diz nada.

No presépio, sob luzes cintilantes,
Um Jesus de gesso e tinta está sorrindo
Para ela… Deus do céu… como ele é lindo!
Ela sente o seu amor… por uns instantes.

A vidraça, entretanto não impede
Que ela veja, do outro lado, um menininho
Que caminha pela rua tão… sozinho…
- Cuida, Deus, desse menino – ela pede.

O garoto não a vê e, mansamente,
Vai seguindo seu trajeto solitário
Qual seria, afinal, o itinerário
Que ele busca, caminhando… tristemente?

Ela, então, por ser criança e, comovida,
Volta os olhos para a manjedoura e diz:
- Cuida dele, meu Jesus e faz feliz
O momento infeliz da sua vida.

Quando os olhos absortos da menina
Se distraem neste gesto natalino,
Ela nota que não vê mais o menino
Que sumiu em uma curva da esquina.

Ao volver o seu olhar angelical
Para a imagem delicada sob a luz,
Ela vê que o menininho era o Jesus
Que ela via, iluminando o seu Natal.

MARCUS RIOS

NATAL DE DESPERDÍCIO

O Natal esta se aproximando e com isto chega-se o dia de festas, muitas comidas, bebidas, cantorias e presentes.

Uns sentem alegria por estar participando deste Natal com muito amor e alegria, festejando no dia 25 a chegada dos presentes, os mimos e a alegria.

Os olhinhos das crianças que ganham presentes brilham de emoção por se sentir feliz ao receber o tão esperado pacote que ele irás não abrir, mas simplesmente rasgar de emoção para poder olhar o que tem dentro deste pacote, sé é realmente o que ele tanto queria ganhar.

Enquanto isto nas ruas vimos crianças de olhos tristes, roupas rasgadas, andando sem destino e sem rumo, sentindo na pele o que é Natal, apenas uma palavra que para elas sem dúvida não representa nada, ou se representa esta presa dentro de tua garganta com uma louca vontade de gritar e chorar por ter pelo menos uma mão amiga para que possa lhe dar um presente.

Assim e o destino neste mundo aonde os pobres nada tem e outro muito tem e ainda por cima se diz honesto e começa a roubar e desviar dinheiro que iria sem duvida fazer com que um simples Natal de uma criança fosse feliz, como por exemplo, água dentro de casa, luz ou apenas uma casa apertadinha para poder esconder da chuva e poder dignamente deitar numa cama e dormir tranquilo.

Enquanto uns fazem uma ceia tão linda de Natal, aonde não falta nada, tem-se de tudo, chocolate, bebidas, carnes de todo o tipo e muitas outras variedades, eles vão cantando a música então é Natal, que só aparece no dia de Natal, e enchendo a barriga, não pensando que lá fora tem alguém morrendo de fome, precisando se alimentar que tem uma mãe que por estar tão fraca não tem leite materno para o teu filho alimentar.

Depois de muito se fartarem em vez de doar para alguém a mísera sobre que sobrou da festança de Natal, simplesmente jogam no lixo sempre dizendo que não iria dar para mais ninguém, pois do suor eles comeram ceia de Natal e por que iria repartir o que restou da sobra com outras pessoas.

Pense nisto, no Natal onde as crianças passam fome e não tem o que comer e nem onde morar, pois desta forma vocês estão Crucificando Cristo novamente para que Ele possa de novo ser prego na Cruz.

Esta é a minha visão do Natal, aonde muitos têm e outros nem comida têm.


MARDILÊ FRIEDRICH FABRE

EM PAPEL FULGURANTE

Mãos experientes e seguras
Pegam o pacote brilhante,
Envolvido em papel de sonhos,
E desatam o laço de saudade.
Olhos faiscantes, fixos no presépio
Desvendam as luzes da vida,
Percorrida no caminho do tempo.
A sala cintila com o fulgor
Da felicidade contagiante
Que emana de todos os corações.
Afloram sentimentos regados
Com obstinada esperança:
Perdão, alegria, amor,
Amizade, união, solidariedade...
De repente, o calado senhor
Interrompe o que faz,
Olha ao redor, levanta-se
E dirige-se para a porta refulgente.
No chão, a caixa aberta, sem papel...
Sai vagarosamente sorrindo,
Toma o corredor ornado de estrelas
E desaparece no caminho argênteo.

¨¨¨¨  ¨¨¨  ¨¨¨¨

UMA NOITE FASCINANTE

Houve época em que o Natal
Acontecia numa só noite.
Olhar tímido e maravilhado
Oscilava entre movimentos secretos
E feições experientes perscrutáveis,
As bolas coloridas pendentes da árvore
E o presépio, Jesus de braços abertos,
Montados à tarde, porta trancada,
Sala proibida, impenetrável,
Mistério para a curiosidade infantil.

Houve época em que Papai Noel
Trazia um só presente.
Para ganhá-lo, era preciso mostrar
Que sabia rezar o Pai Nosso.
Ouvidos atentos, desconfiados,
Procuravam desvendar naquela voz
A do primo (sempre o mesmo?)
Que embarcara no trem à vista de todos.

Houve época em que, de mãos dadas,
Sob o céu coberto de estrelas,
Iluminados pelo clarão da lua,
Caminhava-se até a igreja,
Impregnados pelo espírito de fé,
Que provinha de cada coração,
Para assistir à missa do Galo
Que começava à meia-noite, pontualmente.
Era uma noite de quebra de rotina,
Por isso de um fascínio inesquecível.


 
MADALENA MÜLLER
MEUS DESEJOS DIÁRIOS... E VEM O NATAL!

Em meus aniversários sempre peço somente PAZ,
vem logo após o Natal, Natal onde desejo PAZ e HARMONIA...
... A todos e não atrevo-me a fazer outros pedidos,
frente as graças do que peço a todos  e agradeço a cada dia.
De tempo em tempo, fico calada e bem quietinha,
donde elevo meus pensamentos ao alto, junto ao horizonte...
... Onde viajo em meus sonhos e sinto a vida,
suave e tão límpida quanto as águas que surgem na fonte.
E, nestas vem os desejos ao dia e em cada Natal,
sempre, sempre aflorando o dia a dia, de um ano inteiro...
... Vem ano, vai ano e vens, saltitando o som
para ha graça de um sorriso de tantos,  meu grande aduaneiro.
Sou sem limites e não perco-me. E vou...
... Vou-me além das divisas para que o respeito seja pleno,
dentre todas as paredes da humanidade...
... Onde um pequeno possa brincar e um jovem,
além de poder estudar, tenha a chance de aprender a trabalhar.
E, é só aprendendo o quanto é valioso um granulo de areia em nossa terra,
sabe o quanto é imensurável uma estrela, até as que vejo no céu...
... Fico a pensar no quanto vou ter de esmolar, por cada gota
que vejo escorrer, dentre tantos lares para que muitos não fiquem ao léu.
Assim, como as águas da fonte surgem em gotas límpidas,
nossos pequenos carecem de um espaço asseado...
... E como nós retornar a andar livres nas calçadas,
e nossos jovens poderem dizer o quanto é glorioso cada passo dado.
Vejo valores sendo desviados e vejo muitos outros valores,
muito, muito maiores serem desvirtuados...
... Como a magnitude do quanto fomos privilegiados neste globo,
neste ano, vou pedir que os córregos sejam dragados.
Há muito temos entulhos por todos os lados,
donde, a maioria advém pela ação nada humana...
... Seja pelas atitudes de tantos desorientados
que ignoram o quanto vale a Lei mais soberana.
“Ame o seu próximo como a si mesmo.” e,
no respaldo do que parece poucas palavras....
... Sabe-se o quanto temos de zelar conosco, com nosso próximo
e nas divinas terras que nos foram privilegiadas.
A natureza não pede, implora e dá-nos os avisos em seus movimentos,
clama por muitos e muitos que virão saibam o quanto é um valor...
... E ha estes tem de ser repassados o zelo, sendo resguardados de família a família,
e num pequeno gesto advindo do pensamento a cada ato, saibam o teor...
... Do quão é glorioso a raiz, advinda de um pequeno grão adormecido,
por uma ínfima gota de orvalho, em sua plenitude de luz e calor.
E, as águas carecem espaço...
... E,  lá vou eu sempre ver-te como uma fonte, refletindo graças de gota em gota...
... E as gotas percorrem a face a cada ano, em cada detalhe que coloco em nossa arvore
onde renasce a esperança, por mundo melhor.
 Agradeço por sua existência... Fez-nos ver a cada tempo uma divina essência.
 
MARIO REZENDE

UM SONHO DE NATAL

          Era noite de Natal e dois motivos estavam deixando o menino Daniel muito ansioso. Ele ficou aquela noite com os seus avôs, porque os pais dele estavam no hospital (vão ganhar uma menininha, uma irmãzinha para ele). A sua avó disse que vai ser o presente de Natal da família, por isso o nome dela será Natalina.  Daniel estava tentando ficar acordado para esperar o Papai Noel.

          O seu avô acendeu a lareira e ele ficou preocupado porque o Papai Noel não poderia descer por ela. Então, ele jogou água no fogo enquanto seu avô cochilava. Mas, como estava muito frio, seu avô logo percebeu que a chama tinha se apagado e voltou a por fogo na madeira.

          Realmente era muito mais agradável a sala aquecida, mas iria atrapalhar o Papai Noel e ele acabaria ficando sem o seu presente – Daniel pensou. Quando ia jogar água novamente no fogo...

          - O que é isso, menino? Por que está apagando o fogo? – O avô perguntou.
          - O Papai Noel não vai poder entrar se o fogo ficar aceso. Fica muito quente.
          - Ah! O Papai Noel?! Ele sempre dá um jeito.
          - E se ele ficar irritado porque não conseguiu entrar pela chaminé e der o meu presente pra outra criança?

          - Tem muita criança que mora em apartamento e casa sem chaminé e nem por isso deixam de receber a visita do Papai Noel e ganhar presente no Natal.

          - É mesmo, vovô! Não tinha pensado nisso. Mas ele deve preferir entrar pela chaminé nas casas, porque não é fechada e ele desce por uma corda enquanto as renas ficam voando no céu, sobre a casa. Como ele faz pra deixar os presentes pras crianças que moram em apartamentos e casas sem chaminé?

          - Daniel, você nunca ouviu falar em magia do Natal? Ele deve ser mágico.
           Tem muita coisa que não tem explicação mesmo. Eu também acho que ele não entrega presentes nas casas enquanto as pessoas estão acordadas. É melhor você dormir, senão vai atrasar todo o trabalho dele.

          - É  mesmo não é vovô? Eu vou dormir.

          - Vai sim, Daniel. Amanhã, quando você acordar, com certeza o seu presente estará perto da árvore de Natal e a sua irmãzinha vai ter chegado.

          - A cegonha vai trazer a minha irmã aqui em casa?

          - Que cegonha? Ah! A cegonha... Não, ela levou a sua irmãzinha e entregou a sua mãe lá no hospital.

          - Agora as coisas estão mais complicadas, não é vovô? A minha avó falou que antigamente as pessoas moravam todas em casa. Então era mais fácil pro Papai Noel e pra cegonha. Agora ela tem que levar o bebê no hospital com hora marcada e tudo.

          - Você tem cada ideia Daniel! Vai dormir que amanhã estará tudo resolvido. Você vai ver.

          Daniel já estava mais dormindo que acordado e começou a sonhar. Ouviu sininhos do lado de fora da casa e logo depois Papai Noel apareceu na porta do quarto dele.

          - Ho, ho, ho, boa noite Daniel! Feliz Natal! Seja um menino bonzinho!

          No seu sonho, Daniel ficou quietinho para o Papai Noel não perceber que estava acordado e sorriu feliz porque ele deveria se mágico mesmo, como disse o seu avô. Ele sabe o nome dele, então deve saber o de todas as crianças do mundo. Papai Noel sabia que ele estava acordado no seu sonho e foi falar com ele.

           - Sabia que o seu avô usa sapatos verdes como os duendes?

          - Ele usa sapatos verdes porque só fala a verdade.

          - Mas o que tem a ver a cor dos sapatos com isso?

          - Eu não sei. Nem sei por que os sapatos entraram no meu sonho.

          - Se quem usa sapatos verdes só fala a verdade ele não deveria ter mentido pra você. Será que ele não usa sapatos vermelhos de vez em quando?

          - Ele mentiu pra mim?!

          - Ele não disse pra você que Papai Noel iria lhe dar um presente?

          - Disse, Papai Noel. E você não está aqui?

          - O que foi que você escolheu mesmo?

          - Eu falei pro meu avô no dia que ele recebeu o pagamento da aposentadoria. A gente foi ao shopping, comemos no Mac Donalds e depois a gente foi olhar as vitrines. Ele disse que era pra eu escolher um presente de Natal. Aí eu disse pra ele: “ Mas eu não preciso escolher, o Papai Noel já deve saber que eu quero aquele brinquedo ali.“Acho melhor você pensar em outro presente pro Papai Noel ter outra opção, porque aquele é muito caro” -  ele falou enquanto me levava pra vitrine de uma livraria. Eu nunca vi o meu avô lendo um livro, só jornal. Será que ele estava pensando em comprar um livro pra mim? Já não bastam os que a gente tem que ler na escola?

          Eu tinha que tirar ele de lá. Então eu disse que estava com vontade de fazer xixi e ele me levou ao banheiro. Como eu sou pequeno, não consigo fazer xixi onde os homens maiores fazem, então tenho que usar uma cabine, aí foi mais fácil fingir que fiz, porque não estava com vontade nenhuma. Felizmente parece que ele desistiu do livro, porque não voltou pra livraria. Mas eu acho que foi por causa de uma loja de roupas infantis que ele mudou de ideia. “Não, roupa não!” – Eu pensei. Quem ganha livro e roupa é gente grande.

          A sorte é que meu avô já foi criança do sexo masculino e ele deve ter entendido a minha situação, apesar de que na época não deveria existir tantas opções como agora.

          Passamos pela vitrine da loja de roupas e eu estava tentando puxar o meu avô pro outro lado. Ainda bem que não entramos naquela loja também. Então, ele me levou pra onde o Papal Noel deve comprar os presentes das crianças, porque tinha muito brinquedo. Aí eu mostrei pra ele outro brinquedo que eu também gostaria de ganhar no Natal.

          Quando Daniel acordou, bem cedinho, foi correndo para a sala ver se tinha alguma surpresa. O seu avô estava sentado no sofá lendo o jornal. Também estava lá, ao pé da árvore, o seu presente. Desembrulhou rapidamente e descobriu que era o mesmo brinquedo que ele tinha visto no shopping.

          - E ainda tem gente que não acredita em Papai Noel, não é vovô? “Eu acredito e agora sei que existe um Papai Noel pra cada criança. Por isso é que todas ganham presentes no Natal. O meu Papai Noel é o meu vovô” – pensou.

 
MARINA VALENTE
Bragança Paulista – Brasil

Os anjos cantaram: - Glória!
A estrela-guia brilhou.
Um menino, uma história
que a Virgem Mãe embalou.

Cantemos com alegria
hinos de paz e de amor;
nasceu da Virgem Maria,
Jesus, nosso Salvador!

Vamos cantar irmanados
a mensagem de Natal,
proclamá-la entusiasmados,
em corrente universal.

O Natal traduz beleza,
união, fraternidade.
Jesus é a nossa certeza:
Caminho, Vida e Verdade.

Vamos cantar o Natal
com trovas do coração;
a rima é fundamental
para expressar a emoção.

Natal é festa de amor,
Natal é a noite querida.
Cada trova é um louvor
a Jesus, autor da vida.

Natal é noite feliz,
inspira amor e poesia,
a UBT, trovando, diz:
- Seja Natal todo dia!
  

MARISA CAJADO

CARTA DE PAPAI NOEL A JESUS

Jesus meu grande amigo,
Eu não sei explicar, por quê?
No dia do seu aniversário
Vinte cinco de dezembro, em nosso calendário
Por todos os recantos do planeta
É minha figura que aparece e não a sua
Nas casas, nas lojas na rua,
Minha foto está estampada.
Há muitos representantes da minha humilde imagem
Tão diferente de sua luminosa roupagem.
Mas...  se eu puder e for merecedor
Quero ser o representante oficial do seu amor
A todos os pais aflitos que não podem dar presentes
E aqueles que choram amargurados,
Sem teto, sem chão, largados
Às agruras do tempo e sem destino.
Quero sim,  cantar junto a eles o seu hino
De harmonia e de paz
Em cada lugar onde a arma
Substituiu o brinquedo
As crianças aflitas e com medo
Que presenciam o terror da guerra
Deixando sua marca de horror
Em toda Terra.
É sabido também que  lhe compraz
Que eu visite os lares em euforia
Regados pelo luxo e em falsa alegria
Porque sei que eles também, são do seu rebanho
E quer dar a cada um, o ganho
Da vida verdadeira,
Onde não há ilusões e a ação primeira
É a da fraternidade, a da irmandade vivenciada
Em cada segundo que permeia a estrada.
Então, antes de sair para os lares
Quero pedir que adentre o meu coração
Para que eu entregue sua energia a cada irmão
Seja de qualquer raça, crença ou cor.
Que eu consiga dar-lhes  o  presente
Da Sua excelsa presença constante
Em cada átomo de vida de nossa Criação.
E junto consigo seguir no mesmo passo
Tendo por teto sua luz
Por abrigo, seu regaço,
Meu grande amigo Jesus

MARCELINO RODRIGUEZ

NATAL

Eu sempre fui no natal
Aquele menino que olha pela janela
As árvores coloridas
Os risos
As promessas.

As promessas, ah, as promessas,
Vez ou outra ganhei um brinquedo,
Bem verdade.

Mas sempre faltou chegar de vez
A felicidade para sempre
Da paz prometida no natal.

No natal, costumo ter saudades de um natal
Que um dia, quem sabe, chega.

Marcelino Rodriguez é poeta, escritor e radialista.
 


MARISA SCHMIDT

DIFÍCIL VIVER O NATAL

É fácil falar de estrelas
e até chegar a vê-las
nas luzes em gás neon.
porém  é tudo ilusão
se os dois pés no chão
pisam no cinza que é o tom

É cinza a pobreza na rua
e também a dor que insinua
a triste cor do abandono.
É cinza o pranto da fome
de cada ser que ali dorme
só como um cão sem dono

Sei que Natal é alegria
na festa que anuncia
o nascimento de Jesus
Pois que haja fraternidade
para que a felicidade
ponha em cada olhar uma luz...

MÁRCIA FÁTIMA SPAZIANTE LEME DA SILVA
  
“PRECE DE NATAL”

Natal! Festa de amor e paz...
Que tanta alegria nos traz,
Preenchendo nosso coração.
Nesta noite tão linda,
De esplendor e beleza infinda,
Vou elevar minha oração...
Glorioso Menino-Jesus,
Bom Pastor que a todos conduz,
Ao grande Encontro Celestial;
Ouça minha prece de Natal!
Traga aos homens um pouco de compreensão,
Para que possa haver mais união,
Em todo nosso Universo!
Quem sabe assim acontecerá a finalização,
Desta violência que nos entristece,
Onde muita gente padece,
Destruindo uma Nação!
Há muito ser humano Senhor,
Neste mundo disperso,
Que não sabe o que é amor.
E vive na ignorância,
Aumentando cada vez mais a distância,
No caminho de Vós o Salvador!
Por isso eu vos imploro Deus-Menino,
Ao ouvir na Matriz o sino,
Abra os olhos desses filhos seus,
Iluminando-lhes a mente.
Assim toda essa gente,
Poderão juntos encontrar,
O amor de Cristo e se aproximar,
Chegar mais perto do Bondoso Deus!
Mas há ainda criaturas,
Inocentes de alma pura,
Que poderão no porvir
Ajudar-nos a subir,
A escalada da eternidade!
São as crianças que um dia,
Irão semear a harmonia,
Colhendo a felicidade.
Proteja-as sempre Menino-Jesus!
Pois elas são nossa esperança,
De uma grande bonança,
Dando a nós muita luz!
Eis aqui o meu pedido,
Oh! Jesus Cristo querido!
Atenda-me dando-nos saúde também.
Sempre irei vos amar,
Em minha alma e coração aumentar,
Minha fé em Vós, hoje e sempre. Amém!

 Márcia Fátima Spaziante Leme da Silva
  

MAURO DEMARCHI
Jornalista Comendador

Contemplo um menino na manjedoura. Tão pequenino, tão frágil, tão indefeso!
Ao lado dele o melhor dos pais, José. Homem religioso, trabalhador, humilde.
 Era pobre, mas era nobre também. Se os tempos fossem outros ele seria provavelmente o Rei de Israel. Vivia marginalizado, posto de lado pois sua honestidade não permitia pactuar com aqueles que governavam aquelas terras. Ao lado deste menino também estava sua Mãe, a melhor das mães, não preciso dizer, pois todos sabem.

Todas as maravilhas ela guardava em seu coração e as meditava. Ressoava ainda a voz do Anjo Gabriel anunciando que seria a Mãe de Deus. Mistério que ela procurava entender olhando para aquela criança. Deus estava cumprindo as promessas feitas para os profetas, patriarcas e reis. Mas cumpria de um jeito que ninguém esperava e isso ela já temia. A incompreensão daquele povo que foi escolhido para receber o Messias. O menino que dormia, acordou ao bafo do boi que ao lado jazia deitado e olhando para sua Mãe, percebeu uma pontinha de tristeza em seu olhar, na previsão dos sofrimentos futuros. O menino sorriu para a mãe. Não era hora de tristeza. A hora era de alegria, A tristeza viria, mas estava reservada para o futuro. Agora, os Anjos cantavam e até as pedras brilhavam com maior brilho e luz, pois o menino da manjedoura era o Rei do Céu e da Terra.

Eu contemplava absorto, quando percebo que o menino olha para mim e sorri. Naquele sorriso revi os milhares de sorrisos que vi em minha vida. Quantas vezes o sorriso de um olhar feliz é melhor que muitas palavras.

Nessa hora lembrei-me de você, leitora, e de você amigo leitor. E ali, de joelhos na praça vazia, enquanto o dia não amanhecia, agradeci ao menino Jesus por tê-los como amigos. Sei que as vezes alguns ficam zangados comigo, não suportam minha lógica, detestam minha franqueza. A culpa é minha e eu tenho muito que aprender... mas aquele sorriso, naquela hora, me fez ver que cada um de nós tem seu lugar no Coração de Jesus. Até eu mereci este sorriso. Você leitora, leitor, merece também. Então, vá até la, até o presépio, ajoelhe-se e receba também aquele sorriso do Menino Jesus. Reze por mim, como eu rezei por você. Reze por todos nós, pelos melhores e pelos piores, pelos bons e pelos maus. Tenho certeza que suas orações terão melhor valia que as minhas e as bênçãos de Deus se derramarão sobre todos nós.

Jornalista Comendador Mauro Demarchi
Membro-Fundador da Academia de Letras do Brasil - Capital das Nascentes


Twitter: @maurodemarchi @monarquiaja


MICHELLE ZANIN
Araraquara (SP)

POESIA NATAL

Eu sinto um clima diferente no ar,
algo está prestes a acontecer.
Sinto que nessa noite todos darão as mãos
e deixarão o clima de Natal nos unir.

Quebraremos os tabus impostos
e, pelo menos hoje,
conseguiremos abraçar o próximo
sem fazer um pré-julgamento.

À meia-noite o Salvador renascerá
e, com Ele,
renascerão as esperanças
que moram em nossos corações.

Por alguns instantes alcançaremos o paraíso
e sentiremos paz.

Tudo o que nos aflige será esquecido
a luz se tornará mais forte,
e lutar não mais será difícil.

Nessa noite especial,
iremos todos juntarmos nossas almas
para conseguirmos abraçar o Salvador.

É Natal, época em que tudo tende a melhorar.

É natal, a festa luz que consegue nos conectar a Deus.

 
MÍRIAN WARTTUSCH

O SONHO DE MARIA

Eu tive um sonho, José, que não pude decifrar…
Celebravam o Natal, sem nosso filho chamar.
Uma grande e linda festa, as pessoas preparavam,
Mas do nosso menininho, elas nem mesmo lembravam.

Decoraram e iluminaram, a casa, com grande pompa!
Gastaram muito dinheiro, fazendo uma enorme compra!
Engraçado, mas não vi, presentes pro nosso filho,
Entre todos os pacotes, enfeitados com fitilho…

Muitas bolas coloridas, na árvore penduradas,
- Coitadinho do pinheiro, teve a raiz arrancada -
Um anjo, bem lá no alto - esse sim, gostei de ver,
Lembrei da anunciação, antes de Jesus nascer!

Ao trocarem os presentes - melhor mesmo que eu não visse
Nem falaram em Jesus, como se não existisse!
Celebrar aniversário de alguém que não está presente…
Você entende, José? Estou muito descontente.

Acho mesmo que meu filho, ficaria tão confuso…
Se aparecesse na festa, o achariam “um intruso”!
Não ser desejado, é triste, depois do grande calvário…
Dando a vida pelo irmão, num triste e cruel cenário!

Ainda bem que foi sonho… pois muito triste seria,
Ele voltar para a Terra, sentir que ninguém queria!
Mais um Natal, este, agora, em que eu iria dar à luz,
Sem saber se o povo entende, a grandeza de Jesus!

 
MYRTHES NEUSALI SPINA DE MORAES
Bragança Paulista - Brasil

Em Belém nasceu Jesus,
em modesta estrebaria.
Saudemos o rei da Luz
com amor e alegria.

Anjos cantam em ciranda.
Resplandece o céu de luz.
Maria e José se encantam
com o pequenino Jesus.

Em manjedoura modesta
a Virgem Mãe deu à Luz.
Vestiu-se o mundo de festa
para receber Jesus.

São José, feliz, ao lado
da terna Virgem Maria
contemplava, extasiado,
Jesus que leve dormia.

Natal de Jesus Menino,
Noite santa de alegria!
Os anjos cantam um hino
saudando a Virgem Maria.

Natal é noite de festa.
Nasceu Menino Jesus!
Os anjos fazem seresta
ao Divino Rei da Luz.
MARIA ANTÓNIA DE CARVALHO MENDES RIBEIRO
Porto – Portugal
Dez/2014

NATAL

   Natal é um tempo terno e doce.
   Natal é um tempo de magia!
   É tempo irreal que nos envolve
   E desperta em nós a fantasia.
   É a lembrança dos Natais passados,
   Onde em tudo se via graça,via luz.
   Natais da minha infância que saudades!
   Quando até mim, pé ante pé, vinha Jesus!
   E a mesa com aquelas rabanadas,
   As quais eu só gostava ao outro dia.
   E a mesa com tanta gente à sua volta?
   Com tantos risos, conversas e alegria!
   Que é feito SENHOR, desses Natais?
   Esfumaram-se velozes com o tempo.
   Deixaram-me saudades alguns deles.
   Recordá-los, é pr`a mim um alimento!

Maria Antónia de Carvalho Mendes Ribeiro
Porto – Portugal
Dez/2014
MARIA CESTARI
Bragança Paulista - Brasil

Num crepúsculo divino
surgem novas esperanças.
Abençoa, Deus-Menino,
nossas queridas crianças!

Corre manso e sorrateiro
o rio que nasce na serra
como o amor de nosso Deus
que nasce e abrasa a Terra.

Neste Natal, seja o rei
que ofertou o puro incenso.
Que a justiça seja lei
e que o amor seja imenso.

Traga luz, traga alegria,
oh, Jesus de Nazaré!
Encha a Terra de harmonia,
transborde a mente de fé.

Estrela Dalva anuncia
do nascimento, o local.
Eis nos braços de Maria,
Jesus menino. É Natal!
MARIA DA CONCEIÇÃO RODRIGUES MOREIRA
Belo Horizonte (MG) - Brasil

É NATAL

Grande movimento nas lojas
Grande vontade de consumo
Grande sempre será o banquete
E o Peru? Quem se preocupa...

Desde sempre o Peru morre na véspera
E ninguém quer saber, pois é natal, e não é funeral!
As crianças estão eufóricas
As lojas enfeitadas com muita luz

É Natal, e natal é especial.
É natal quem nasceu foi Jesus
Jesus não comeu peru
Jesus não tinha lojas

É Natal e todos querem ser feliz neste dia
Querem esbanjar alegria
Sem pesar sem preocupar
Todos querem comemorar.

Na manjedoura o simples se fez menino
Se fez homem e se foi por nos
Sem pedir nada deu sua vida
Fez como os perus do Natal.

Não faz mal, Jesus não cobra direito autoral
Não fez em sua casa arvores de Natal.
Não censurou o carnaval
Só deixou seu legado de amor.

Neste natal quero agradecer ao senhor
Todas as dádivas de amor
Em cada chaga sofrida
As graças recebidas, que Jesus nos deixou.


MARIA DE FÁTIMA BATISTA QUADROS
São José dos Salgados (MG) – Brasil

25 DE DEZEMBRO

A janela se abre para a rua
Não há neve
Lá fora
O ar que se respira
É de abraços.

Candura à volta
Embalada
Vejo-me
Como se ainda fosse uma criança.

Salto da manhã orvalhada
De dia
A luz do sol
A uma Noite Feliz.

É Natal!

Acolhemos a graça
E a Paz.

Maria de Fátima Batista Quadros, Autora de mais de vinte livros, nas áreas de Poesia, Heráldica, Genealogia e do Teatro, é fundamentalmente escritora de Literatura Infantil, reconhecida e premiada no Brasil, Portugal e França.
MARIA ESTER DE FIGUEIREDO ALVES
Barra do Piraí (RJ) - Brasil

Bem lá no alto a Estrela-Guia...
Na manjedoura, Jesus,
trazendo ao mundo alegria,
bondade, esperança e luz.
MARIA INEZ
Mifori

NATAL

Natal!...
É saber ouvir,
o grito sem som
da pobreza.
Ousar silenciar
o cinismo
da avareza,
da mentira...,
sem aniquilar
o mentiroso.

Natal!...
É dividir alegrias,
espalhar a paz,
sem nostalgias.
Saber viver
no amor
que nos traz
o menino Jesus;
sanando a dor
sob a sua luz .

Natal!...
É viver,
com respeito:
por si próprio,
pelo outro,
pelo lugar
no qual se vive
sem deixar
de semear
boas ações!
MARIA JOÃO BRITO DE SOUSA
Oeiras – Portugal
 30/11/2014

NATAL
Sendo embora comovente,
Chega a ser paradoxal
Que o NATAL de tanta gente
Seja duro e tão dif`rente
Do que entendo por Natal

Pois, se a arte o faz presente
No barro tradicional
E persiste eternamente
Sob o signo, tão somente,
De um menino e de um casal,

Eis que o vejo, transparente,
Vir mostrar-se-me, afinal,
No que o barro não desmente
Quando, em forma, lhe consente
A condição de animal...


MARIA JOSÉ ZOVICO

PAPAI NOEL

Ah! Papai Noel, se tu soubesses,
Como outrora rezei tristemente,
E colocava toda a esperança nas preces,
Para ganhar de ti um presente!

Ah! Papai Noel, se eras lenda,
Pouco importava, e nada importa!
O que queria é que, na tua agenda,
Anotasses o número da minha porta!...

Foi então que alguém me contou,
Já não me recordo quem era...
Que seu sapato na janela colocou,
Por isso de ti, um presente ganhara...

Se assim me disseram, melhor o fiz.
Coloquei na janela, único sapato que tinha,
E adormeci num sonho tão feliz,
À espera do presente... que não vinha!

Ao abrir, de manhãzinha, a janela,
Qual surpresa de uma pobre criança!
Não havia presente, nem sapato nela...
Quebrou-se em mim a mais terna esperança!

Ah! Papai Noel, que te fiz eu?
Anos atrás, pobre criança inocente?
Que nada de tuas mãos mereceu,
E levastes o sapato no lugar do presente...

Ah! Papai Noel, se és lenda, pouco importa...
Hoje sei que é por Deus que vem a graça.
Peço-te que a paz chegue a cada porta,
E que JESUS, nos corações, renasça!


MARIA MAMEDE
Maia – Portugal

POEMA DE NATAL

Menino Deus dos tempos idos
que preces recomendas
no presente?
Será que fechaste teus ouvidos
aos gritos de dor
de toda a gente?
Bem sei que mesmo
sendo Deus
parece, enfim,  aos nossos olhos
ser impossível ouvires
todos os gritos
e choros, destes filhos teus
pela grande quantidade
de escolhos
que têm de enfrentar
a cada dia…
porém, com toda esta agonia
é a ti que chamam
Senhor dos Aflitos
e só a ti é que podem recorrer
a mais ninguém…
bem sei
que também clamam pela Mãe
a tua, que nos deste aos pés
da cruz
mas meu menino Deus
escuta bem
porque lhes não respondes
ó Jesus?
O merecimento é pouco
bem o sei
mas se afinal és menino
Deus e Rei
neste mundo de contradições
e se é  a ti, que todos estão
entregues
não  tires a pouca  esperança
que  lhes resta
nem lhes negues
a magia da fé
que é de milhões
não os limites à dor
que dá a cruz;
invade-lhes o peito e a alma
esfaimados que estão
de infinito
escuta suas preces, ouve seu grito
e nasce outra vez
ó Deus Jesus!

MARIA SIRIANI DEL NERO
  (Céu)
Bragança Paulista - Brasil

Maria embala o Menino
ao som de triste canção;
sabia de seu destino
marcado por traição.

Anjos chamaram pastores
para adorar Deus-Menino;
levaram mantas e flores
ao coração pequenino.


MARIA TOMASIA

NEM ERA NOITE DE NATAL

As três crianças, duas meninas e um menino, pediram um presente de Natal quando nem era Natal. O garoto pediu um carrinho de madeira; uma das meninas, a mais nova, pediu uma fita cor de rosa para enfeitar o seu cabelo louro com um laço de cada lado e a outra,  um vidro de esmalte cor de rosa - existente até hoje, o natural da Colorama.

Com o passar dos dias, mais ansiosos ficavam.

A mãe daquelas três crianças já iniciara os preparativos para a comemoração, curtindo doces dos mais variados: de figo, de laranja, de cidra, de mamão maduro, a muraba apreciada pelos libaneses e outros tantos. Os amargos eram diariamente fervidos para que o amargor saísse e os demais eram curtidos ao sol, envolvidos com açúcar cristalizado, em tabuleiros enormes, até sua secagem.

 O forno do fogão a lenha era constantemente abastecido com achas de lenha, para que se mantivesse sempre quente.

Os suspiros eram  assados e,  nas compoteiras, colocados os doces em calda - côco com gema, leite, baba de moça, ambrosia, etc.

Matava-se o porco caturra que vinha sendo engordado há alguns meses  e sua carne era parte assada e armazenada em latões com torresmo e banha e parte moída para a famosa linguiça pura de porco, temperada com as especiarias  apreciadas pelo povo daquela região, não faltando a salsinha, cebolinha e um toque de pimenta malagueta, curtida na fumaça que saía do fogão a lenha.

Era grande a movimentação durante todo o mês de dezembro e aquelas crianças não pensavam em outra coisa que não fosse os presentes que haviam pedido e que eram do conhecimento dos pais e dos amiguinhos.

Finalmente chegara o dia 24. Até o apetite, sempre voraz, desaparecia, tal a ansiedade delas.

Naquela localidade não havia ceia na véspera, mas, no dia 25, o almoço  tinha  tudo o que havia do bom e do melhor, nada faltando.

 Na véspera do Natal, as três crianças eufóricas, assim que anoitecia, colocavam os seus velhos e surrados chinelos atrás da porta, porque não tinham sapatos.

Iam dormir, mas, cadê o sono?  Não vinha, porque a euforia não  permitia.

Assim que amanhecia o dia 25, todas as crianças  saíam à rua para brincar e o barulho dos carrinhos chamava a atenção.

Aquelas três crianças acordavam da noite mal dormida e corriam até a porta para procurar os presentes sobre os seus chinelos, para que pudessem exibi-los para os amiguinhos. Mas os chinelos estavam  vazios, no mesmo lugar, sem coisa alguma sobre eles.

Tristes, sentavam-se à soleira da porta da sala e ficavam olhando os seus amiguinhos brincarem.

Nunca houve presentes de Natal para aquelas três crianças: o menino fabricava os seus carrinhos com caixas de sapatos ou madeira que ganhava; a menina mais velha, jamais conseguiu o seu vidro de esmalte cor de rosa e a outra menina morreu. Para ser sepultada,  finalmente, teve enfeitados os seus cabelos louros com os dois laçarotes de fita cor de rosa, um de cada lado.

Como essas crianças, ainda existem muitas outras...  Mas quem se importa?
Ninguém!



NADILCE BEATRIZ ZANATTA PONSONI

ESTRELA GUIA

Há no infinito uma estrela guia
Que na infância eu trazia no colo
Vivia na noite e também no dia
A saudade dela, hoje não ignoro

Diziam, é o Deus Menino
Um presente que nasce na alma
Que vem em paz e peregrino
Desvendando o Universo com calma

Meu presépio é um porta jóias
Onde minh’alma vela e esconde
As mais ternas e doces histórias
Que só o tempo parado responde

Crer na fé que nasce com data
É morrer na cruz como um fato
Viver numa ânsia insensata
Perder o paraíso de imediato

Felicidade não se chama Natal
Nem uma árvore ilumina a tristeza
Mas pode trazer, afinal
A fé do amor e da certeza

A história para este Menino não passa
Oro, então, a eterna estrela guia
Pela humanidade que acerta ou fracassa
Revivendo a grandeza de ganhar este Dia.



"NATO" AZEVEDO
Pará - Brasil

NOITE FELIZ TROPICAL
I
Eis que, então, uma estrela riscou os céus...
não num deserto, mas em fria floresta,
rasgando da negra noite os densos véus
sob o alarido de sêres mil em festa.

I I
E três cristãos sentindo chamado santo
partiram prestes por vales, montes, lagos,
rumo à gruta d'Aquele esperado há tanto,
tal qual fizeram antes os três Reis Magos!

I I I
O pescador lhe trouxe um peixinho de ouro
e o lavrador frutas e "uns grão di arrôis"
que, para ambos, era o maior tesouro.

I V
Mas ao vaqueiro, vindo pouco depois,
coube cobrir o Menino-Deus de couro
ao som do côro de mugidos de bois.

“Nato" Azevedo

 
 
NEUSA MARILDA
Valinhos(SP) - Brasil

CLIMA DE FESTA NO AR...

O Natal se anuncia e ficamos divagando no desejo de que este seja uma data diferente.  Acho que todos os Natais se tornaram muito iguais e nivelados à parte material, como se a fé cristã fosse apenas e tão somente as correrias que lhe atribuem. A busca pelos itens natalinos é enorme e esse não é o verdadeiro espírito da festa. O Natal tem que ser, antes de tudo, festejado com fé em nosso âmago. Afinal é a expressão maior de alegria junto ao menino Jesus que ao mundo veio, humildemente, trazer-nos seus ensinamentos e o amor.

Que se coloque nos lábios sorrisos de alegria e que no seio de todas as famílias estejam presentes a paz, a caridade, o amor e a compreensão. Que a magia da luz natalina contagie o mundo e o faça melhor.


Repicam os sinos na terra
no céu estrelas tem mais luz
alegria e abraços fraternos se dão
é Natal
em simples manjedoura
nasceu o menino Jesus

Neusa Marilda
Valinhos (SP) - Brasil
 


NORBERTO DE MORAES ALVES
Bragança Paulista - Brasil

A luz brilhante em Belém
trouxe paz à humanidade,
mensagens de amor e bem
aos que têm boa vontade!

Pense na alma imortal,
no sacrifício da cruz.
Poetas, cantai Natal
de sonho, alegria e luz!

Quando Jesus veio ao mundo
a estrela brilhou em Belém
e um sentimento profundo
brilhou sobre nós...Amém!

Na época do Natal
voltamos a ser criança,
sonhos puros de cristal;
na alma, fé e esperança.

Que este Natal de magia
não seja só de presentes;
que traga santa alegria
aos corações mais carentes.

OLYMPIO COUTINHO
Belo Horizonte (MG) - Brasil

Querido Papai Noel,
eu lhe peço sem revolta:
- No Natal, traga do Céu
minha mãezinha de volta.


Papai Noel, pobremente,
cometeu um desacato:
em vez de deixar presente
carregou o meu sapato.


Papai Noel... a cegonha,
lendas que mamãe contou.
Deixei de crer, por vergonha,
e a minha infância acabou.

Que em todos lares do mundo,
num milagre fraternal,
o burguês e o vagabundo
cantem juntos no Natal.

OLIVEIRA CARUSO
 22-11-14

AO MEU DOCE PAPAI NOEL

Meu doce Papai Noel
só podia ser Jesus.
Suas palavras são mel;
Seus ensinos me são luz.

Meus brinquedos são saúde,
paz, amor, felicidade!
Deixam bem longe o ataúde;
fazem bela mi'a verdade!

A alegria que me ocorre
o Papai do Céu me dá;
nos dezembros me socorre.
Pai melhor que Ele não há!

Todos os meus meses do ano
se transformam em dezembro!
Deus me cobre com seu pano
desde antes do que me lembro!

Cada meu passo na vida
é presente de Natal,
cada respiro e comida
são relíquias sem igual!

Eu preciso ter carinho
por meu corpo e minha mente,
pois Deus mos deu com carinho
para eu ser sempre contente.

Que Jesus sempre abençoe
como um Papai Noel nobre
toda a gente e que nos doe
bênçãos Suas! Que o amor sobre!

  
PAULO SILVEIRA DE ÁVILA

FLOCOS DE NEVE

O Natal tece no tear
do coração,
cortinas de brumas,
para enfeitar
com flocos de neve
a janela do dia
Na noite fria
as árvores despidas
são sombras
sem vidas
causticadas pela neve
Enquanto o pensamento
trama de quimeras
entrelaça sóis à espera
de um Natal coroado
de encantos e magia,
presos em cada olhar.

FELIZ NATAL!

Paulo Silveira de Ávila
 
POLICARPIO COSTA
(POETA SONHADOR) 

CÁ ESTOU COM MINHAS DÚVIDAS

As vezes tenho dúvida se vinte e cinco de dezembro
É mais uma data comercial ou para a nossa reflexão.
Se deveria ser um dia para mostrarmos humildade;
Mas o que parece é que apenas mostramos ostentação...!

Tenho dúvidas se a humanidade está seguindo o caminho certo
Ou se seguem apressados em direção ao grande abismo.
Parece que os valores passaram a terem insignificância;
E só pensam em ganância dentro de seus egoísmos...!

 “Senhor” será que o mundo que criastes não está perdido
Será que o homem não está destruindo a sua própria morada?
Será que a humanidade não está devastando o mundo;
Durante a sua passagem, por falta de amor e paz na sua jornada...!

Pai eterno criador do universo, perdoa teus filhos
Manda uma nova estrela deixar o caminho iluminado.
Que assim possa indicar qual o verdadeiro caminho;
Porque o ser humano parece estar tão desorientado...!

Mesmo cheio de dúvidas a cada fim de ano que chega
Humildemente com meus versos estou aqui de novo.
Vim agora desejar à você meu irmão, minha irmã;
Que tenhas um Feliz Natal e um sonhado Ano Novo...!

¨¨¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨¨

FIM DE ANO

Atirei o pala pra trás
E tapiei o chapéu na testa.
Tá chegando o fim de ano
É tempo de boas festas...!

Quero repontar aos amigos
E amigas que eu quero bem.
Um Natal cheio de paz;
E um feliz Ano que vem...!

Que não falte dinheiro na guaiaca
E nem brinquedo para o pequeno.
Mas bah tchê tudo o que eu quero;
É que o Natal seja bem bueno...!

Que no rancho de vocês todos
Haja uma estrela de luz.
Em reverência vou tirar o chapéu;
E saudar o piazito Jesus...!

De gaúcho desta querência
Trago a marca registrada.
Bueno então Boas Festas;
Pra todos vocês indiada...! 

Policarpio Costa (Poeta Sonhador)

RACHEL STARLING

ELZA E MEU MELHOR NATAL

          Fazendo minhas caminhadas pelas ruas de meu bairro com o coração cada dia mais cheio de amarguras, suada e precisando fazer compras, vou a passos lentos em direção ao supermercado, pensando num Natal que se aproxima, e, na minha vontade de não ver nem um pisca-pisca, que me faça lembrar que já amei muito esta festa quando tinha meus filhos pequenos, bem juntos a mim, quando então, comemorávamos com alegria, paz, harmonia e fé no coração o nascimento do Deus menino.

          Tínhamos presépios lindos feitos pelos filhos, todos, muito inteligentes e criativos como eu os criara e pensava... Como seriam um dia, e se continuariam  aquela tradição. 

          Iluminações por todos os lados, a ansiedade da espera pelo Papai Noel, e a alegria de abrir os presentes, após, agradecer ao menino Jesus àquela oportunidade que ele nos dava todos os anos.

          De repente numa dolorosa separação, todos os sonhos e encantamentos ruíram e nossos castelos de fantasias e sonhos foram para o espaço, talvez levados para o Polo Norte, porque lá, naquela terra encantada, até os dias de hoje, ainda sonhava que tudo não passaria de um susto, de um pesadelo, causado por uma crônica mal iniciada, já que escrevia crônicas com tudo que ouvia os outros contarem, em forma de cartas, uma vez que sendo muito nova e romântica, lançava-os em meus cadernos universitários para depois dar-lhes a forma que queria, e um dia escrever um livro como meu pai sempre pedia e queria que eu o fizesse depois que ele partisse, pois, a ele, Deus não lhe dera tempo.

          Triste e cabisbaixa, por não ter os filhos mais comigo, porque sendo adultos, independentes, sempre preferiram passar com a família dos maridos e amigos. Com um deles morando na Austrália, pensava que o amor terminara e que nada mais de bom poderia acontecer, nem neste dia, nem no dia de Natal.

          Eis, que ao atravessar a rua, em frente a uma escola para excepcionais com Síndrome de Down, várias crianças iam saindo em fila indiana. De repente... Vejo uma garotinha risonha, separando-se das demais, sair da fila, e, correndo para mim, me dá um abraço nunca dantes recebido nem mesmo pelos filhos que escolheram morarem com o pai muito rico, grita entusiasticamente:

          -“Eu te amo! Eu te amo”!

          E com bastante força me deu um abraço bem apertado. Eu também a abracei e quis que aquele abraço sincero, despojado de falsidades, desinteressado, sem nenhuma obrigação, como os que raramente recebemos, durasse para sempre, pois, nele senti o amor livre, puro, sincero, desinteressado de alguém que quer dar, e, que sente amor por qualquer um, na sua inocência, mesmo com sua deficiência. Creio que só crianças com a sensibilidade pura e aguçada como estas, possuem tal virtude. Seria este estado uma deficiência ou um dom de Deus que traz ao mundo anjos com este rostinho?

          Vi que seus instrutores incomodados a chamaram pelo nome, razão pela qual soube então como se chamava:

          - “Chega Elza! Venha Elza”!

           Mal sabiam eles, como eu queria que aquele abraço tivesse durado para sempre em minha vida, pois, em poucos segundos a bela menina, me ensinou: o que é amar e ser feliz seja lá, quais forem às circunstâncias. Mesmo sendo atrozmente perseguida por quem se acha dono da verdade, do orgulho da falta de sensibilidade da violência e desconfiança que corroem nosso mundo atual.

          Tal atitude fez deste dia 20/12/2012, o dia de meu Natal, que passaria completamente sozinha em minha casa, pois, como já disse moro só, completamente só.

          Segui meu caminho deixando as lágrimas correrem dos olhos até o coração, que naquele breve instante, tocado pelas asas de um anjinho, foi lavado, e lubrificado, coração este que por mais que tente, ainda, encontra dificuldade em perdoar tantas  perseguições sofridas mundo à fora, pois, sempre quis o bem de todos, a ordem e a Justiça bem feita, porque perfeita jamais será.

          E... Por um rápido segundo, agradei a Deus ter encontrado parte da presença DELE aparente e transparente a meus olhos, e, considerei este dia como meu dia de Natal, aquele dia que comemoramos a paz, a harmonia, o amor familiar, com abraços sinceros e não só presentes.

          Talvez neste dia ELE tenha me dito através de Elza que  mesmo, eu, não querendo ver a menor estrelinha brilhar ELE o Menino Deus a colocou brilhando mais que todas entre meus braços, para que por poucos minutos eu me sentisse a pessoa mais importante do mundo, menos solitária, mais cheia de paz, porque daqueles que são, sadios e que nasceram do meu ventre, com uma rara exceção, ouvi as palavras que me foram ditas com tanta alegria:

          - “Eu te amo! Eu te amo”, e, raramente, me abraçaram tão ternamente.

          Obrigada Elza, porque de agora em diante, durante todos os natais que eu, ainda vier a viver, me lembrarei de seu gesto e olhando para o céu, sempre saberei que lá existe uma estrela de Natal, que brilha mais que as outras a qual darei o seu nome: ELZA

          Que neste natal e em todos os outros que tiver tenha atos como este e que Deus a abençoe e a seus pais que te amam muito, exatamente por ser como é: esta garotinha linda e alegre.

RAFFAELY MARIA RODRIGUES MATOS
Castanhal(PA) - Brasil

UM SONHO DE NATAL

Cássio, um jovem de dezesseis anos que possui um grande sonho: Se tornar um grande músico.
Na cabana onde mora – que está caindo aos pedaços – ele junta todas as latinhas que conseguiu dentro de um grande saco e sai para vendê-las, afinal ele precisa pagar seu curso de violão.
Arthur é seu professor. Eles se conheceram há algum tempinho, quando Cássio fuçava o lixo de sua casa. O professor ficou comovido e decidiu conhecer a história do menino, que vivia sozinho desde que seus pais morreram e desde ele ter fugido do lar de adoção.
Arthur descobriu o sonho do menino e lhe revelou que era professor de violão.
Cássio ficou encantado quando viu Arthur tocar, era como se mil anjos lhe falassem. Desde então Arthur se ofereceu para ensiná-lo, sem cobrar nada, porém, o menino era orgulhoso e disse que iria pagar e assim Arthur aceitou uma pequena quantia.
Cássio se esforçava para conseguir o seu sustento.
- Posso ajudá-lo com a comida. – disse o professor em uma tarde de aula.
- Eu posso me sustentar professor, não há com o que se preocupar. – respondeu o menino.
E assim mais uma tarde se passou, e Arthur cada vez mais se orgulhava do talento do menino.
Um ano já havia se passado e Cássio já sabia conduzir um violão lindamente.
- Preciso comprar um violão, vou redobrar a minha visita ao lixão. – comentou Cássio um pouco triste, mas esperançoso.
O professor o olhou com ternura nos olhos.
Cássio havia se tornado a imagem de um filho que o professor nunca teve.
Era véspera de natal, e a cidade piscava alegre com suas várias cores. As ruas estavam coloridas e decoradas, atraindo todos os olhares encantados de adultos e crianças.
Cássio jantaria junto com Arthur. Ele logo chegou na casa de seu professor e tocou a campainha, logo o professor abriu.
- Temos um trabalho a fazer, precisamos levar música e alegria a crianças doentes e tristes. – o professor comunicou sorridente – Mas antes tenho algo para você.
Arthur deixou Cássio na sala e seguiu para seu quarto, voltando alguns segundos depois com uma grande caixa.
- Feliz natal Cássio!
O menino se espantou e logo lágrimas escapavam de seus olhos, ele sorriu e desenrolou o grande presente e um grande e lindo violão apareceu em sua frente.
- É o melhor presente do mundo. – Cássio disse entre lágrimas, abraçando o professor.
O sino badalou e era meia noite, era natal.
Eles chegaram ao hospital e um monte de criancinhas carecas brincava com um papai Noel.
Eles ajeitaram o som e começaram. Era a primeira vez que Cássio tocava no seu violão, ele deixou que as emoções o atingissem e tocou e cantou, e foi a mais linda melodia que todos ali já haviam ouvido.
As crianças dançavam sorridente ao redor do menino e de seu professor.
A felicidade que lhe consumia era gigantesca, ele estava dando alegria às crianças doentes, que precisavam de alegria.
- Você me salvou com sua música, me sinto criança novamente. – disse uma garotinha.
Lágrimas escaparam de seus olhos e um imenso sorriso de seus lábios e então seu coração parou.
Cássio morreu.
Arthur descobriu que o coração de seu filho estava falhando há algum tempo e que mesmo assim ele não havia contado.
Cássio morreu com um sorriso no rosto e o violão em seus braços, e essa foi a sua melhor madrugada de natal.
Cássio havia sido feliz e havia feito crianças felizes.

Raffaely Maria Rodrigues Matos.

 
RAYMUNDO DE SALLES BRASIL
Pitanga – Brasil
 23/11/2014
  
SOBRE O NATAL

Festas, brinquedos, fogos de artifício,
Para se festejar o homem santo,
Que passou por aqui sem dolo ou vicio,
E morreu numa cruz por amar tanto.

Tempo de meditar sobre o suplício,
Do caminhar ao Gólgota sem pranto,
Mesmo ao peso de tanto sacrifício,
Que nos perdoasse, ao pai, pediu, no entanto.

É tempo de prestar mais atenção,
De refletir sobre a ressurreição,
Nas palravas que o Mestre nos deixou,

Os fogos de artifício são folguedos,
Não têm muita importância, são brinquedos,
Diante do preço que Jesus pagou.

   
RITA ROCHA
Santo Antônio de Pádua (RJ) - Brasil

FELIZ  NATAL!

Natal festa Divina
tanta luz nos ilumina,
brilham estrelas nas ruínas
da minha rua sem esquina.

Depois de tantas alegrias
de natais com minha sina
vivo agora das saudades
dos natais como menina.

Meu destino, minha vida
que sou dela uma heroína,
estou sempre me relembrando
dos meus tempos de menina.

Natal vai... Natal vem...
em imagens colorindo
festejando o nascimento
de Jesus sempre Menino!


  

ROSALIE GALLO Y SANCHES
20 de novembro de 2014
  
CLARINDA

          Deixava transparecer mais que carinho. Uma doçura se espalhava no ar inexplicavelmente quando suas palavras cantavam ao falar com as pessoas. Era interessante vê-la sozinha, também: falava como se estivesse acompanhada e cantava em diálogo. Um cantar parecido e enigmático com o de Sorôco, aquela criatura ímpar de nosso Guimarães, quando contou suas Primeiras estórias.

          Clarinda se fazia amiga de todos. Mais que amiga de pessoas, ela era amiga de ideais, de sonhos, de causas. E causos também. Parecia até o Pieroni, aquele italiano que sofreu muito com seu pé de dedo gangrenado que lhe roubou a vida em família. Entendendo-se como família o mundo inteiro porque Pieroni era assim: irmão de todo o mundo.

          E Clarinda era tanto assim que, sem que ninguém descobrisse de onde teria vindo aquela mocinha franzina e loira, bonita de se ver e de se ouvir, ela já era alguém do grupo. Particularmente das crianças, a quem se juntava depois de entregar aos adultos as sacolas de alimentos e roupas. Juntava-se a elas e como milagre que só mãe sabe fazer, segurava cada um pelo ouvido até que dissesse “fim” a todo o palavreado. Só ao palavreado, porque a história nunca terminava.

          Ela é que parava antes que a fantasia parasse sua vez. E deixava que cada um continuasse a invenção.

          Clarinda aparecia, não chegava; Clarinda desaparecia, não ia embora. Sempre estava com a mesma roupa, cheirosa de limpeza. Era feliz, não estava. E sem fazer questão, mostrava sua alegria que era igual gripe, pegando e passando de um para outro, um vírus de alegria, coisa sem igual, principalmente para quem mora na rua.

          Sem perguntar onde estavam, Clarinda achou as crianças que os adultos preferem esconder de vergonha, diversamente daqueles que exploram os seus e outros filhos para não terem que trabalhar nem se humilhar. Todas as tardes, como quem acabou de fazer o que precisava, Clarinda aparecia no beco, vestidinho azul claro, cabelos de cachinhos de ouro tirados de livros de história.

          Só não tinha chapéu bicudo com filó pendurado na ponta nem varinha com ponta de estrela mágica. Mas que parecia uma fada!

          Tanto aparecia quanto desaparecia depois de encantar as crianças. E os pais de uns e as mães de outros lhe eram agradecidos porque parecia um tempo de descanso, de menos dissabor, de pouca realidade. De respiro.

          Naquela noite, quando Clarinda apareceu, não trazia palavras para cantar; trazia um convite de passeio. “Vamos ao jardim”. Os adultos tremeram de medo; as crianças tremeram de emoção. “Tem uma coisa linda para mostrar”. E os adultos sentiram bater na boca seus corações porque conheciam o lá de fora; as crianças palpitavam sem conhecimento.

          A árvore mais próxima do centro do jardim estava toda iluminada. Muita gente passava por ali e estranhava a visão. Nunca tinham reparado em presentes. Mas que tinha, tinha e muito. Clarinda puxava a fila, todos de mãos dadas feitos crianças normais ou de escola. E mais estranhava o povo que os pais. Clarinda cantava uma canção nunca ouvida e as crianças cantavam igual sem nem saber. Depois de cada pouco, Clarinda entregava um presente e a criança corria para a família mostrando a felicidade que sentia e tinha.

          O último presente foi para Cândida, a mocinha grávida, em nome de seu bebê que ia nascer na rua com nome de santo: Urbano. Parecia que não queria nascer, o menino. Mas seu dia não tinha chegado. Ainda faltavam cinco dias para seu dia. Clarinda afagou a barriga que pesava muito e beijou-a devagarinho, quase conversando e só com Urbano. Cantou-lhe as boas vindas e se despediu de todos, desaparecendo como fazia todos os dias.

          Na tarde seguinte as crianças esperaram Clarinda para brincar, já cantando aquela canção da noite dos presentes e ela não apareceu. Nunca mais. Foi por isso que desde então as crianças passaram a acreditar em fadas, em Papai Noel, em magia, em felicidade e em futuro, mais que tudo. Por isso aprende-se a cantar o que não se entende e por isso se aprende a esperar.

          Porque na rua, mesmo sem parecer, é Natal todo dia que amanhece sem se morrer...

Rosalie Gallo y Sanches, Nascida em Pindorama/SP – Brasil, em 19.12.1945 graduou-se em Letras, Pedagogia e Direito. Especializou-se e tornou-se Mestre em Linguística. Doutorou-se em Teoria da Literatura.Tem muitas publicações esparsas em Antologias e, individualmente, é autora de três livros: A memória invisível/La memoria invisibile (fotos de Domenico Missarelli e textos seus); Eu vi onde termina o mar; Luísas.  Outras obras estão no prelo ou aguardando resultados de concursos.

 
RUBENS BACHMANN
Jornalista RG. 01650-MTb. DRT/SC
Pomerode (SC)

O TANENNBAUM

Essa canção de Natal, remonta ao século 15 e é, possivelmente, a primeira canção natalina dedicada a um pinheiro - uma árvore. No século 16 era comum, pelo Natal montar num dos cômodos da casa uma árvore e enfeitá-la pendurando na mesma maçãs, nozes e doces. A árvore (Tanennbaum) era admirada por Martin Luther o pai da reforma, que via nela a sua extraordinária capacidade de permanecer inalterada, na cor e no viço, sob as intempéries do frio inverno europeu ou de seu verão escaldante. Somente em 1730 surgiram as primeiras velas enfeitando o Tanennbaum e somente no século 19 com o crescimento do transporte ferroviário o pinheiro de Natal, tornou-se conhecido em toda a Alemanha. Ao contrário da comunidade evangélica (com a força de Luther), a igreja católica manifestava-se contra a árvore, afirmando que via no presépio o símbolo que mais se identificava com o Natal. Na atualidade não existe uma só igreja católica em toda a Alemanha onde, pelo Natal, não se encontre pelo menos, um Tanennbaum. Aqui no vale, nos bons tempos de minha infância a canção era tocada, cantada e murmurada por todos os lugares. Naquela época o Natal tinha cheiro de maçã argentina, americana ou canadense, de uvas frescas colhidas na parreira do quintal e de doces natalinos – pfeffer u. Weinachten kuchen -. A poluição ainda não tinha destruído as cigarras e nem tampouco os vagalumes. Aos sons e às luzes destes, se juntava o som de muitas e muitas gaitinhas de boca da Hering que eram o presente de todos os Natais. Em cada rua, em cada beco de cada bairro ouvia-se e se via crianças com suas gaitas Hering, chocolates (Saturno ou Sander) e maçãs, festejando o nascimento do Cristo menino. À noite, antes da ceia tradicional, todos cantavam Noite Feliz e depois, Oh Tannenbaum! Nossas rádios apresentavam programas especiais e nos anúncios de Boas Festas e Feliz Ano Novo, a música de fundo, muitas e muitas vezes, era O Tanennbaum. Hoje, já não se ouvem gaitinhas Hering e nem tampouco existem chocolates Saturno ou Sander. Mais de meio século depois, as maçãs são nacionais (bem mais gostosas), as uvas continuam as mesmas niágaras de todos os lugares, poucas cigarras cantam e os vaga-lumes diminuíram as suas luzes e sua quantidade. O Tannenbaum ficou! Está espalhado por todo o nosso mundo. Maravilhoso com suas camadas de ramos. O hino também. Está traduzido para o inglês e existe até versão em latim. É preciso, tocá-la, cantá-la, ouví-la, murmurá-la e sentir sua melodia e a mensagem de sua presença em todas as estações do ano. Assim, nosso Natal, passados mais de 150 anos, será parecido ao de nossos antepassados e conservaremos um pouco – que é muito – das suas tradições e costumes, guardadas no baú de suas memórias, na grande epopéia da travessia do Atlântico. FELIZ NATAL! FELIZ ANO NOVO!

Rubens Bachmann – Jornalista RG. 01650-MTb. DRT/SC – Pomerode (SC)

 Pavarotti - Oh Tannenbaum

RENÉ ZMEKHOL 
 (Céu)
Bragança Paulista - Brasil

Neste Natal ofereço
a amigos e conhecidos
e àqueles que eu nem conheço,
meus votos mais comovidos.

Na manjedoura singela,
iluminando Jesus,
apenas há uma vela
do nosso amor feito luz.

Se o Natal é o natalício
de Jesus, nosso Senhor,
faça mais um sacrifício
e só se lembre do amor!

SILMAR BOHRER  

O DIA DE NATAL

Pelas sendas do nosso viver duvidoso
ainda que todas noites sejam escuras
na presença das taciturnas amarguras
que acoimam o tormento mais doloroso,

Ainda que os homens todos delirantes
contendam alguma coisa nesta infinda
ousadia que povoa as ideias e brinda
o ganho dos ouropéis mais infamantes,

Ainda que nos caminhos da humanidade
existam fados diversos e a dualidade
esteja a mudar sempre o bem pelo mal,

Ainda assim haverá a supina filosofia
que une os homens numa igual harmonia
inspirada pelo angélico dia de natal.

Silmar Bohrer   

 
SONIA NOGUEIRA
NATAL 2014

Diante da lapinha olho as luzes
Vejo a família prostrada e feliz,
Uma criança pura via as cruzes
Reli no pensamento vida que reluz.

Refleti por toda humanidade
Evolução, mudanças, aniversários
Luta contra as vozes, impunidades,
Ali vejo o menino seus calvários.

Sobrevivente ao tempo, tempestades,
Imaculado sobrevive à única história
Pescar homens e varrer maldades
Subir ao infinito unindo a glória.

Sorri, vi-me pequena e indefesa,
O sino anunciou o Ângelo, a vida,
Cristãos anunciando, natal é festa
Pedindo a paz pro mundo, a guarida.

O ano findo renasce as esperanças
Recomeçar, pedir perdão, amor,
Parar o temporal rogar bonanças,
Mas vejo o coração em desamor.

Oh, Deus menino, teu nome é poder,
Assim está escrito, assim será eterno,
Dá-nos proteção, na criança o saber,
Plante no coração o bem fraterno.

Neste Silogeu de amigos da cultura,
Do presidente Tizim aos convidados,
E a todos os confrades em aparte,
Meu abraço solidário em estandarte.

¨¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨¨  ¨¨¨¨¨¨

NATAL 2014
Mais uma noite se aproxima, e olhares atentos se unem para admirar o Jesus Menino na manjedoura, tão indefeso quanto à vida.
Nasceu de uma jovem mulher, que enfrentou a maldade humana, a incompreensão dos hereges, a força e rejeição dos poderosos, a escravidão dos humildes.
De passagem ao planeta Terra, o Menino veio com a missão de ensinar: a fraternidade, a justiça, o perdão, o amor. Assim nasceu o cristianismo, após enfrentar a cruz aos 33 anos. Então Jesus delegou aos apóstolos e seus seguidores, a missão de divulgar e expandir a história da crença em um Deus único.
Em cada Natal, os cristãos revivem a história. A esperança nasce, e um fio de luz acende no coração, com o desejo de mudanças, embora a rudeza da maldade, a dor dos infortunados permaneça no coração de alguns infiéis.
Uma jovem ao lado da lapinha contempla a imagem de Maria, a mãe de Jesus, com olhar de contentamento e proteção ao recém-nascido. O quadro lembra a saudade da mãe que se foi, e a lágrima desprende, cai sobre o rosário, e banha a dor oculta, que nunca apaga.
A história se repete a cada ano. Ainda que os festejos induzam a grandes comemorações, com presentes e banquetes, as famílias se reúnem para o abraço, com a garantia de perpetuar a história do cristianismo.
Feliz Natal aos amantes da literatura.
 
TÂNIA TONELLI

NATAL

A minha sobrinha Amanda
Uma menina de nove anos
Perguntou por que no Natal
As pessoas costumam trocar presentes
Respondi que neste dia relembramos
O nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus Pai!

Curiosa ela perguntou quem é Jesus Cristo e Deus Pai
Comentei que Deus Pai foi o
Criador da Terra, Sol, Lua e Estrelas
Deu vida aos animais, plantas e homens
Mas o homem afastou-se Dele porque pecou!

Deus Pai com sua imensa misericórdia
Enviou seu Filho Jesus Cristo
Nascido da Virgem Maria
Em um estábulo na cidade de Belém
E foi colocado na manjedoura
Apreciado por pastores e pelos Três Reis Magos!

Jesus Cristo amou tanto os homens
Pois transmitiu os seus ensinamentos aos excluídos da sociedade
Afirmando a igualdade entre os homens
Passados mais de dois mil anos
Todas as gerações conhecem as palavras admiráveis do nosso Amado Mestre!

No Natal nos relembramos de Jesus Cristo
No formato de um bebê
Precisando de cuidado, amor e carinho
Devemos nos recordar de suas dóceis palavras:
 “Tudo o que vocês fizerem ao menor dos meus irmãos
Será a mim que estarão fazendo”!

 Tânia Tonelli, autora dos livros: Educação Escolar Brasileira - Contos e Heroísmo Filantrópico têm 30 contos publicados em antologias. No seu site publicou  3 livros, contos e artigos.
 
www.taniatonelli.com.br

  

THEREZINHA RAMOS DE ÁVILA
Bragança Paulista - Brasil

Vinde a Mim as criancinhas,
já nos dizia Jesus.
Neste Natal, pequeninas,
que estejam cheias de luz.

Neste Natal, meu Jesus,
perdoa nossos pecados.
Ensina-nos com tua luz,
perdoar... ser perdoado...

Contemplando o lindo céu,
vejo uma estrela a brilhar,
rompe das nuvens, o véu.
É Jesus quem vai chegar.

Que os sonhos da humanidade
de uma união sem igual,
de paz e prosperidade,
completem-se no Natal!

 


TÉKA CASTRO

MAGIA DO NATAL

Onde anda a magia?

O sorriso da criança?

A esperança?

Nas compras de natal, ou no aconchego de um lar?

Um gesto de presentear, ou um abraço um sorriso,
Um amigo sincero.

Jesus nasceu pobre, na manjedoura,
Andou descalço, abraçou pobres, doentes, e seu presente maior:
Foi nos dá a Vida.

Então, para que recorrermos as lojas se o maior presente de natal,
Está em casa, no aconchego de um pai, uma mãe, filhos unidos.

Amigos sinceros, sorrisos puros e verdadeiros.

A magia do Natal está em dar um prato de comida a um morador de rua.

A magia do natal está no abraço de perdão entre as pessoas, e não na troca de presentes caros.

Um raro gesto de perdão é uma magia inesquecível.

O Natal algo que é fundamental a reflexão no mundo todo,
Em qualquer religião, é uma reflexão d’alma, um encanto verdadeiro.

Natal uma mensagem, que não deve ser compartilhada por ganância,
Mas pela prática da paciência e assim, produzir a cada dia a magia do Natal.

Feliz natal de 2014 e que 2015 seja repletos de paz e amor.


 
VISCONDE DE DON “MI – BURRO”

A TODOS UM SANTO E FELIZ NATAL

Visconde de Don “Mi – Burro”; correspondente internacional do Portal CEN – “Cá Estamos Nós”: correspondente efetivo de “Brincar sem Abusar”; locutor/apresentador da “Rádio Criativa”; Amigo de todos os Amigos; Um doce para as senhoras e um amargo pata os homens; deseja a todos e em especial às amiguinhas, um Santo e Feliz Natal e um Ano Novo cheio de saúde, felicidade e muito, mas muito amor.

Visconde de Don “Mi – Burro” da Ilustre Casa Equus Asinus.

Canção de Natal - Pinheirinhos

 
VARENKA DE FÁTIMA ARAÚJO

Sr. FABRICANTE DE PAPAI NOEL

Que a bem dos seus direitos
preciso urgente de dizer: Sr. Fabricante
precisamos de um Papai Noel
com muito empenho, enorme saco cheio
de sapatos, chinelos,  roupas, cobertores,
de chocolates, fitas de várias cores
que façam laços de fraternidade

Não importa os salgados, vinhos, perus
em mesas fartas em tremendas  festas
muitos no meio da multidão, estão só
raivosos, rasgando a história verdadeira

Silêncio Sr. Fabricante! Pode continuar fabricando
de improviso, vai o meu recado:
O Papai Noel era um velhinho muito bom
sem ambição que distribuiu brinquedos para às crianças.

É preciso que todos saibam, como eu amava Papai Noel,
tenho uma certa urgência de dizer: Feliz Natal

 
VANDA SALLES

POR QUE AS MARINALVAS SOMOS?

... As aves piam suas dores no silêncio brutal que estrangula a mata e sua flora. Tambores roncam...
Nesse país, há uma nódoa desumana atordoando a canção, todavia
as aves fazem uma linda sinfonia, porque as Marinalvas somos, mas também acreditamos como os poetas que só sabem cantar o que as palavras estalam no ventre-mãe-terra, tanto se diz de foice que as foices se alinham com o ronco dos tambores...

Feliz Natal! Saúde, Paz e Luz!!!
 
VLADIMIR INOKOV
Bragança Paulista - Brasil

No Natal da cristandade,
é Jesus comemorado;
festa da Natividade,
o Divino é relembrado.

Árvores, cores, enfeites,
com Papai-Noel do norte,
muito frio e seus deleites,
crianças com boa sorte.

NATAL: a Missa do Galo,
Menino Jesus nasceu;
segue ágape e regalo,
cristianismo floresceu.

As crianças-esperanças,
anseiam pelos presentes,
festa, bem-aventuranças
no universo de inocentes.

  

WADAD  NAIEF KATTAR
Bragança Paulista - Brasil

Gosto muito do Natal,
porque me quebra a rotina:
mudo a frequência mental
e tudo então, se ilumina.


No Natal eu só desejo
muita paz e alegria.
Depois disso, só almejo
sua boa companhia.

No Natal não vou pedir,
eu não quero incomodar,
mas Jesus, vou insistir
pra você me abençoar.

É Natal!  Reze comigo
e que o coração-criança
receba como herança
a paz que tanto bendigo.

Natal! A estrela anuncia
e se cumpre a profecia;
e Deus em homem se faz,
para nos trazer a paz!

Senhor, chegou o Natal!
Apaga nossos pecados,
livrai-nos de todo o mal.
Queremos ser perdoados!

Um Feliz Natal a quem
no coração tem bondade,
a quem só espalha o bem,
desconhecendo a maldade.

Você que sempre enfrentou
suas agruras, sorrindo,
verá que agora chegou
dos seus Natais, o mais lindo!

Tão modesto nascimento
trouxe ao mundo muita luz.
Tudo era encantamento
na manjedoura, Jesus.




WILSON DE JESUS COSTA

NATAL! NATAL! VEM VINDO...

Os pingos da chuva batendo na janela
A escuridão da noite assustando incautos
Que procuram sempre uma alegria qualquer.

Certas horas que não sabemos o porquê ou o quê?
Na criança que chora, no velho que pede esmola
Mas afinal o que é que falta para se ser feliz?

Falta tudo e não falta nada, nem esperança falta
Bem, talvez uma saudade pequena, uma lembrança;
Houve um tempo para viver sem tempo de morrer
E a vida passando sem se passar pela vida
E o que falta então? Quem sabe dizer?

Existem dias que não são contados
Existem dias que nem são notados
Mas existem os dias que realmente existem
E está chegando um desses dias

Dia de Natal que vem vindo, vem vindo
Vem vindo com sua magia...
Alegrando a criança um velho de barbas brancas
Trazendo esperança para mim, para você
Na forma do Deus menino
Abençoando você...


   
ZZCOUTO
Rio de Janeiro – Brasil
 dez/14

NATAL DA MEDITAÇÃO!
(Reflexivo)


A vida é a poesia dos que sabem amar,
dos que sabem meditar.
Quando sentimos a brandura
e a singeleza de uma criança que desfaz
os planos mais hediondos dos malvados
e desarma os adultos escondidos em seus
refúgios, por causa de sua hipocrisia,
ela nos faz lembrar:
"Deus é a ternura".
E, naquela criança ou adulto que padece
ele está ali, sofrendo também.
A criança oferece uma flor em troca de
uma arma, que só provoca dor... e a vida parece
frágil como a flor, porém, o homem inventa
e fabrica novas armas, e Deus cria a flor; a flor, que tudo
embeleza, silenciosamente mostra-nos
a beleza e a grandeza do amor de Deus.
Se calarmos diante do irmão carente e nada
fizermos para a vida dele melhorar,
provavelmente não aprenderemos a amar a vida,
o que nos leva a meditar...
O que adianta chorar?
Não esqueçamos que Deus nos faz lembrar,
que Seu Amado Filho Jesus nos ensinou a repartir.
Não deixemos que alguém sonhe sozinho,
porque ninguém poderá conter a força
que brota da união.
E meu sonho é que um dia, os muros e
os palácios caiam para que a vida então triunfe,
com a união de todos e Jesus no coração...
"Eu vim para que todos tenham vida"!
(Palavras de Jesus)
E essa profecia, um dia se realizará!
Tenhamos Fé neste Natal e sempre!

Feliz Natal!